sexta-feira, dezembro 19

condição.

Eu nunca quis que as pessoas ficassem pensando que o que eu sinto e que a atração que eu sinto são coisas dispensáveis e seletivas, que da mesma forma que eu escolho eu posso largar;
as coisas não funcionam assim, eu não escolho o que sou e tampouco escolho as pessoas que vou me apaixonar e sentir atração.
A lei da vida é assim, as coisas funcionam assim... Nossa vida é assim, cheia de julgamentos premeditados que somente vão se concretizar quando o que as pessoas querem que aconteçam, realmente aconteça: que isso pare de existir.
Não é uma escolha da minha parte, já tentei muito tentar gostar do conveniente e simples, o qual todas as pessoas têm a "obrigação" de gostar sem reclamar porque, caso o contrário venha a acontecer, tudo vai mudar e as famílias, as pessoas, os julgadores e a "audiência" não vão gostar.
Quero que todo mundo saiba que quem eu sou não tem nada a ver com essa condição. Sim, é uma condição.
As pessoas têm mania de achar que sexualidade é opção quando na verdade não é. Sexualidade é condição, ou seja, não pedimos pra ser e não têm como mudar; apenas somos, devotos à nossa eterna atração pela pessoa do mesmo - ou do oposto - sexo.
Não quero ter aquele futuro de menino que finge que namora uma menina para a família gostar e poder me aprovar de uma forma positiva enquanto, no fundo no fundo essa menina só está me acobertando para eu poder namorar um menino escondido de tudo e todos porque o "mundo" não iria gostar de ver assim.
Quero independência social, algo que esse país ainda não tem; quero apoio psicológico das pessoas que amo, coisa que esse país ainda não tem; quero as coisas básicas que uma pessoa poderia querer pra poder ser feliz da forma que lhe convém.
Às vezes sinto que nunca vou ser feliz.
Minha mãe ficou sabendo de mim e inicialmente se mostrou solidária, mas tenho medo de compartilhar minhas experiências com ela e dizer a ela tudo o que eu faço ou sinto. Ela nunca entenderia.
Ela me aconselhou a fazer coisas que eu nem imaginava que ela o faria e tentou me mostrar que o tudo que eu quero as pessoas ao meu redor nunca aceitariam, como eu já disse.

É tão difícil ser feliz assim? Se felicidade dependesse de respeito, me pergunto aonde estaríamos.
Refletir não basta mais.

quinta-feira, novembro 27

assalto & sem salto

Cheguei a conclusão de que somente a desgraça me faz postar neste blog e, se você [ o leitor oculto ] ainda não percebeu que a maioria dos meus posts eu só falo de coisas ruins que aconteceram em minha vida, tá na hora de me conhecer melhor.
É chato e eu sinto que isso vai acabar se tornando - se já não se tornou - um clichê do meu blog, onde os segredos colocados no nick não se passam de desgraças nem tão ocultas quanto eu quero que sejam.
Fui assaltado, assim como em um dos meus últimos posts relatavam e, para minha infeliz coincidência, eram assaltantes da minha cor já preferida.
Eu não quero pegar preconceito e - se houver algum 'de cor' lendo isso aqui, me perdoe! - mas eu tenho meus motivos e minha classificação de pessoas as quais quero me relacionar e, como um amigo meu me disse por recado no orkut, assim que eu vejo um alto pretinho de pernas magrelas é bom eu já me afastar.
Juro que fiz isso hoje quando vi um homem assim vindo em minha direção; isso me fez atravessar a rua e deixá-lo interessado no meu desinteresse.
Relatando em simples palavras o meu último assalto, eu acho que sou capaz de fazê-lo. Foi na terça-feira, por volta das oito e meia da noite um pouquinho antes do shopping. Eles eram dois e vieram em minha direção, me cercando e me coagindo contra as sombras do bosque que logo se encontrava atrás de mim, impedindo que as pessoas e carros que passavam na avenida me vissem por não haver luz. Não me impressionei tampouco senti medo... Apenas agi com frieza e isso me assustou.
Não mexi um dedo para ajudá-los ou para me ajudar, eu estava pensando no que eles levariam de mim além do meu celular que já estava na mão deles no momento, pois foram tão rápidos que praticamente não os senti revirando meu bolso e levando meu aparelho e meu halls ( pois é, até meu halls verde eles levaram, hahahahaha.)
É triste, sabe... porque o celular que eles levaram eu consigo dinheiro pra comprar outro, mas a confiança que eu tinha nas pessoas e a felicidade que eu tinha em não ter medo delas me inspiravam a ser mais maleável com o pessoal; isso não se compra com dinheiro.
mas tudo bem... uma hora eu supero as minhas perdas não mais materiais.



outra coisa, nada a ver com o assunto.
Trabalho com crianças e cometi a maior gafe. Fui em uma sala para falar com uma aluna e, ao constatar que a sala estava vazia e que eles estavam na educação física, soltei o maior palavrão: "puta merda!"
e ao virar as costas, vejo a voz delicadissima da professora que estava na sala.
Imagina a minha cara?
Acho que vou ficar roxo por três dias e três noites, torcendo cegamente para os três dias não se transformarem em três meses. Ria de mim.
Me assusto.

domingo, outubro 26

dicas

dicas de livros.
Adoro dar dicas de livros e essa é a primeira vez que dou uma dica de livro aqui no meu blog e, embora ninguém leia o que eu escrevo, me sinto feliz por achar que tenho uma platéia imaginária.
O nome do livro é "A Cabana" e é lindo, retrata a história de uma filha que é sequestrada e que o pai se sente a pior pessoa do mundo por não ter podido interromper o ocorrido. Dentro de ocorrências ele acaba se chocando com Deus - é uma ficção perfeita - e nesses choques, a maior pergunta que ele pôde fazer foi:
" Se Deus é tão poderoso, por quê não pode impedir as desgraças?"
Ele responde e eu, atónito, adorei a resposta.
Recomendo.
A Cabana - William P. Young

O outro livro é Crepúsculo, que todos já devem ter ouvido falar. Trata-se de um romance proibido entre vampiros e é extremamente empuxante. Posso dizer, por opinião própria, que esse suspense ultrapassa várias ficções que já li em toda minha vida, incluindo Harry Potter que, até então, era meu exemplo perfeito de história.
Se você pretende se apaixonar e se puxar por uma história que você não tem a menor idéia de como é o final, leia:
Crepúsculo - Stephenie Meyer

domingo, setembro 28

uma vida em um minuto

Descobri meu segredinho em um minuto. Encontrei pessoas que eu não esperava encontrar e quem esperava, não foi.
Não alterou em nada na minha vida, embora minhas intenções fossem mais escuras do que possa parecer.
Tentei ser transparente e não deu certo, acabei ficando com um caráter perdido no meio da rua... Gostei, pra falar a verdade.
mas aparentemente ele gostou muito mais do que eu; digo isso pela forma que ele ficou.
imagine.
[ e ria. ]
foi um domingo diferente. novas etnias, novas pessoas, novas descobertas, novos políticos (haha!) e um mar de fúria aberto para minha capacidade. Foi bom porque descobri o que gosto.
Foi ruim porque o que eu gosto não quis me satisfazer. (...)



porque foi satisfeito por alguém mais, o que é algo triste.

quarta-feira, setembro 10

você.

eu te vi só uma vez e já te vejo na minha mente todos os dias. Sei que não sinto nada e nem tenho a intenção de sentir, mas sei que mesmo que não seja em breve acontecerá algo entre nós dois e sei que vai ser perigoso eu me envolver nos seus braços buscando o afeto que eu nunca tive.


- boa sorte ?

sexta-feira, junho 20

vontade de gritar

Por mais que as pessoas falassem que o mundo estava perdido, eu sempre tinha a mania de insistir que ainda havia chance para todas as pessoas, que o mundo não estava tão perdido assim e que tudo era apenas uma forma de expressão um tanto quanto exagerada.
Talvez seja por isso que eu tenha vontade de gritar, por descobrir que eu não vivo dentro de um campo de flores ou por saber que a realidade alternativa que eu vejo dentro dos meus desenhos são puramente falsas e inóspitas.
Quinta feira [ dia 12 ] tentaram me assaltar e, conseguiram. Levaram meu óculos e tive que voltar para a casa com a visão comprometida; passei uma semana sem enxergar dois palmos a minha frente porque o óculos demoraria para ser feito e, hoje que eu o peguei, fui assaltado mais uma vez. Nada de grave aconteceu, é claro... Mas eles não levaram nada e, além de tudo, me ralei todo por eles acharem que eu sou marionete para se jogar em todos os cantos.
Foram uns dois minutos... Minutos terríveis que pareciam virar horas, que nunca acabariam. Eu não me importava com o que iria acontecer, mas eu percebi uma coisa... Semana passada, me levaram uma coisa mas não fui machucado.
Essa semana, nada levaram, no entanto, fiquei com algumas feridas leves. Sei que não vai ser sempre assim e que eu não tenho que esperar ele sacar a arma pra mim reagir se devo ou não devo passar o objeto que ele quer, mas sei que não posso ser tonto e arriscar a minha vida que tem muito mais valor do que o objeto em questão. Entrei em um certo colapso interno, pensando em coisas horríveis e em subjetivos que me fizeram entrar em uma crise nervosa e, chorei...
Chorei como há muito tempo eu não fazia antes. Mas não era da dor, porque eu só fui perceber que me machuquei porque me avisaram e, como todos sabem, a dor é psicológica e ela só se manifesta quando percebemos.
Mas meu choro foi um choro sem classificação e que, sem saber exatamente porque, eu o fiz. Me impressionei com uma amiga minha que eu julgava ser chata e que não se importava com as pessoas, mas ela foi a única que, com todos os seus defeitos, mostrou-se disposta a me ajudar quando tudo para mim parecia não ter solução.
- não quero esperar isso acontecer denovo e pensar novamente se devo passar meu item valioso - ou não - e não quero chorar por mais defeitos que encontrei nas pessoas achando que elas eram perfeitas.
Acho que estou aprendendo a viver [ não somente as coisas boas. ]


- só pra constatar, vou acabar virando racista.
preciso dizer por quê?

cuide-se.

terça-feira, junho 17

oh, star.

Brilha, colega
Teu sorriso me acompanha
sem rimas, sem concordâncias
pela rua enchuviscada.

Brilha, senhora
Tua luz me ilumina
me imões segredos expostos
expelidos de teu ventre

Brilha, criança
Tua estrela intacta
sabe apenas o futuro
dessa malcriagem virtual

Brilha, poesia
que acaba com os pontos
decompostos ou opostos
entrepostos ou apostos?

Brilhem, letrinhas
Tua escrita me consola
Arranca o dente da minha alma
seus esdrúxulos de sobra.

Brilha, escolha tua
A que atormenta sem querer
que te envolve sem perceber
ou que só vive pra morrer.

perdão, perdão.
por desistir da minha estrela
que se apagou um pouco antes
de sua concretização.


só por escrever eu já me sinto mais perdido.
[ não existem escritores que satisfaçam meu poema ]


quarta-feira, junho 11

e a sua, qual foi?

Semana passada uma bicha feia, loira e pobre chegou em mim e perguntou:
- qual foi a sua melhor relação sexual? Com mulher ou com homem?
E eu respondi:
- não é da tua conta.

Não sei o que dá na cabeça de um ser humano racional ao perguntar uma coisa dessas para outra pessoa quando ainda sabe que sua pergunta idiota não vai ter reciprocidade nenhuma. Ele queria que eu falasse o quê, que eu queria sexo selvagem ali e agora com ele mesmo?!
não me atrevo, juro. Vai que ele quer.

mas tem casos e casos, não vou me deixar abalar por espíritos pobres. A mente dele não tem idéia dos filminhos que passaram na minha aquela hora e [ não é o que você está pensando ] esses filminhos só me deram a certeza que essa pessoa não vale nem o que eu achava que valia.
Até porque, é um drogado fumante que não sabe que nicotina causa impotência sexual. Seria interessante se eu fizesse a mesma pergunta pra ele e ele dissesse:
- com nenhum dos dois, eu broxei. :x.
[ eu iria rir tanto, embora eu saiba que ele nunca faria isso porque ele gosta de se gabar por feitos que ele nunca atingiu ].
É óbvio que ele é outro que está em cima do muro sem saber o que quer da vida, mas já já ele desce e pára de se surpreender, porque são poucas as pessoas que já enxergam o futuro dele e eu vejo ele com um buraco enorme na parte inferior de suas costas [ ... ]
haha?

é, haha.
[ ! ]


quinta-feira, junho 5

- desafio

desafio singular.
Realmente, cheguei a pensar que ele tinha esse nome só por causa da escola, mas cheguei a sábia conclusão de que não é. É Singular porque, por mais que todos tivessem que estar juntos e se divertindo marcando pontos e - mesmo que não ganhássemos - sairíamos felizes por termos participado e rido juntos tantas e tantas vezes, meus amigos e eu nos vimos dentro de um ciclo ao qual nos dava a impressão de que tudo que estávamos fazendo era por nós mesmos, o famoso " cada um por si " . Daí vem o nome " Singular " , não é?!

- não sei se vale a pena ressaltar, mas a minha turma ficou em último lugar. hahaha.
Tem gente que não participou de muitas provas porque tem vergonha, não porque não queria definitivamente participar, mas aqueles conflitos de grupinhos em gritos ensurdecedores que ficam no meio, no canto esquerdo ou direito da sala [ o meu é o esquerdo ] faz as pessoas se afastarem e não empuxam ninguém para o grupo, o qual deveria ser dinâmico e único.
Houveram momentos legais, mas foram poucos, onde cheguei por um momento a pensar que toda a nossa turma havia se unido por uma única causa, onde obviamente me enganei. Poucas são as pessoas que querem se unir naquela sala e confesso que não sou uma delas. Meu pensamento é egoísta e hipócrita, porque não vou correr atrás de quem não me vê nem como uma agulha no palheiro. Pra quê? Pra me transformar de uma agulha a um bode? hahaha.
não, obrigado. Prefiro continuar com minha classificação.

Ontem participei da última prova do desafio que valia dez pontos e creio eu que tiramos uns oito pontos, pois não estava difícil, no entanto, o grupo de pessoas que estavam comigo fazendo prova queriam pedir cola para outras turmas e até para o professor, que por um momento disse que se pudesse roubar, roubaria sem problemas. Eu e mais três meninas, as quais chegam até a ser legais mas que por algum motivo que eu desconheço ( ? ) são odiadas por muitas pessoas daquela salinha medíocre, sendo chamadas de antas, mosquitos e outros animais que não se encontram no zoológico fizemos juntos a prova e das quinze questões, creio eu eu fiz umas sete.
Tudo bem que uma eu chutei porque eu não sabia quem era o presidente da fórmula um, mas quando perguntaram de literatura [ Dan Brown ], Inglês [ expressões idiomáticas ] e música [ Madonna ] confesso que eu me assustei porque estes são os assuntos que eu me daria melhor e, me assustei quando as meninas burras ( olha, outro animal! ) não sabiam o nome do último disco da Madonna.
A mosca já tava zumbindo querendo chutar em uma alternativa lá que ela nem sabia qual era e, sinceramente, quase que eu ataquei um inseticida nela. hahaha.
Sorte minha que eu não o fiz, não é? Além do quê, reencontrei a menina do show do Teatro Mágico que catou minha amiga, perguntando novidades sobre ela e querendo até o telefone da mesma, o qual eu recusei depois de um pedido que ela fez de ajudá-la no teatro [ ? ].
É, tudo vai acabar voltando a aparecer por aqui, porque assim que eu lembrar dos adjetivos e pensamentos que passaram pela minha cabeça nos últimos tempos, voltarei para [ te ] contar o que andou acontecendo comigo.
apenas tome cuidado, porque a classificação indicativa da minha mente é inadequada até para a Dercy Gonçalves.
HAHAHAHAHA

domingo, maio 4

- o tempo da pausa

Juro que não sei há quanto tempo eu não posto aqui - quer dizer, eu até posso saber, mas não me atrevo a dizer - porque eu sei que isso não vai ser devidamente bom. Pode[m] até existir algumas razões por aí que possam me ajudar a justificar a minha falta de cuidado e respeito com o que tem aqui e com as pessoas que vêm aqui, mas não vem quase ninguém e não tem quase nada ( hahaha ) e isso me deixou mais aliviado, obviamente me deixando sem pressão alguma e me dando toda a oportunidade do mundo de parar de vez de frequentar esse blog.
Há uma grande quantidade de fatos que aconteceram que eu devo explicar aqui e não vou conseguir explicar tudo hoje porque senão não vou ter tempo pra fazer outra coisa e - muito embora meu tempo seja ilimitado - prefiro fazer outras coisas do que ficar nervoso aqui contando todas as minhas desgraças.
Vou começar contando de uma coisa que aconteceu há algum tempo atrás com meu primo.

Meu primo sempre teve amigos que o levavam pro caminho errado e ele sempre foi propício a seguir esse caminho. No Skol Beats ( creio eu que no de 2006 ) ele e os bons amigos dele foram pegos lá num arrastão envolvendo roubos de celulares - que na época eram aqueles tijolões, sabe? haha - e, por causa disso, foi preso. Negou até o fim que ele não tinha feito nada e até fez minha tia, minha mãe e a maioria dos familiares acreditarem que ele realmente não tinha feito nada.
Mas como todo mundo sabe ou deve saber, todos que estão na cadeia por algum motivo sempre alegam que são inocentes, não é?
Então, depois de alguns meses preso com seus outros bons amigos, ele foi solto e creio eu que a família dele processou a prefeitura por prenderem ele. É importante ressaltar que ele foi solto porque não tiveram provas concretas de que era ele quem estava junto no assalto. Obviamente que a prefeitura não pagou nada, ainda porque a advogada abafou o caso roubando mais uma grana que minha tia deixou lá .
obs.: não sei onde esse " lá " fica, não venha me perguntar.

[ continuando ]

depois de alguns meses fora da cadeia, ele foi preso denovo - e ele veio novamente dizer que ele não havia feito nada - e, pela segunda vez, todos acreditaram que ele era o santinho que não fazia nada de errado. Dessa vez, ele ficou algumas semanas na cadeia e foi liberado rapidamente.
- digo rapidamente porque a maioria do pessoal não sabe como é o sistema burocrático e como a "democracia" realmente funciona; um dos motivos de dizer isso é porque eu também não sei.
Depois dessas férias curtas na cadeia, ele saiu todo feliz e contente e ficou um ano em liberdade. Pela terceira vez, ele foi envolvido em um assalto a uma lotérica perto da minha casa.
ps.: ele mora em outra cidade, pra quê vir em uma lotérica perto da minha casa? não é de cagar?
haha².
continuando.
Enfim, era ele quem dirigia o carro e seus bons amigos conseguiram roubar da lotérica dez mil reais e algumas telesenas ( pra quê? ir no silvio santos? ) e conseguiram fugir até um certo ponto, onde a viatura da polícia os parou, abordou e levou para a delegacia. Óbvio que foram presos em flagrante.
Aí meu primo, depois de todos os encorajamentos da família confessou - pela primeira vez - que cometeu um crime. *Congratulations*.
Basta afirmar que ele falou a verdade da história, fofocou todo mundo pra polícia e agora seus amigos do caminho do mal o ameaçaram, dizendo que se ele não confessasse que cometeu o crime sozinho eles iriam matá-lo. Eu sabia que não ia acabar tão cedo essa história e ele ainda não morreu, está na cadeia e no exato momento minha mãe foi visitar ele. Acho que ele vai pegar uns dois anos dessa vez e, pelo que tudo indica, ele não escapa ileso dessa.
O máximo que eu posso desejar é boa sorte, embora eu não vá mexer um dedo - nem sequer escrever uma carta, embora ele viva me pedindo - para ajudá-lo, porque ele entrou nessa vida porque quis e eu não quero me meter nesses assuntos [in]acabados.
Eis que um belo dia conseguiram passar um celular para ele na cadeia, agora ele vive ligando aqui em casa a cobrar e minha mãe e meu pai começaram a ficar putos com isso. No comecinho, tudo bem... Ele era a pessoa " ausente " na família e ele podia afogar as mágoas através do telefone, nada de mais. Agora ele achou que isso aqui é bordel e liga duas, três, quatro horas da manhã esperando que atendamos o telefone com cara de quem tá morrendo de saudade.
Quando vejo o número na bina, já tiro do gancho e coloco denovo e ele saca que a gente não quer receber a ligação dele. Até conversamos com ele outro dia pedindo pra ele não ficar ligando pra gente porque isso enche o saco e ele falou que ia parar, mas você jura né? É a mesma coisa que pedir pra Amy parar de se drogar.
Impossível.

Sei que de lá ele não consegue ler o que eu tenho escrevido aqui, mas eu não faço a mínima questão de que ele veja isso. Boa sorte se ver, a única coisa que ele vai conseguir fazer é descobrir os segredos da minha vida que nem eu sei que tenho.
Descobrir que meus pecados são mais ardidos do que parece e que não sou tão certinho como pensam.

- no começo, nas primeiras vezes que ele foi preso, até confesso que me deixei acreditar que ele realmente era inocente - c'mon, eu tinha uns treze anos e acreditava no que me diziam - e cheguei a chorar um pouco por ele, mas quando ele saiu e eu notei a indiferença que ele me tratava, agora o máximo que vou fazer por [ e com ] ele é um " oi, tudo bem? tchau".
Acho que vou acabar passando de cabeça erguida e fingir que não existe. Confesso que sou bom nisso.
Minha educação não é de arrasar?

- x.o.x.o.
ps.: no ps. =P.

segunda-feira, fevereiro 25

adeus, minha flor


Não sei como começar e, pior ainda, não tem como terminar. Foi tudo tão inesperado, tão assustador e tão sangrento que não tive tempo de parar para refletir.
Tenho que começar de algum lugar, até porque, essa história teve um começo – que foi triste – um meio – que foi triste – e um fim – que foi mais triste ainda.
Muita gente já sabe disso e, esta história da minha família correu por muitos lados do Brasil e, em certa forma, até alguns poucos lugares e poucas pessoas do outro lado do mundo ficaram sabendo.
Há doze anos minha priminha nasceu. Quando pequena, ela era a criança mais linda que eu havia visto em toda a minha vida ( é fato que eu tinha cinco anos de idade quando ela nasceu, mas eu consigo me lembrar muito bem ) do jeito que ela sorria, das danças que ela fazia e das brincadeiras que ela gostava de brincar quando eu me juntava a ela todo fim de semana ou sempre que possível. Desde os primeiros meses até os três anos, ela foi uma criança normal, que brincava como todas as outras e chorava quando caía no chão – mesmo que a dor fosse pequena.
Aos três anos, ela começou a tropeçar e a se desequilibrar inexplicavelmente. Os pais levaram aos médicos e os médicos não sabiam o que fazer. Passado isto, febres de mais de quarenta graus decorreram a surtos e desesperos e lágrimas e tristezas que nem quem está perto consegue entender foram criadas. Há nove anos tudo começou, há nove anos a nossa vida mudou e há nove anos eu vivo o que até hoje eu não consigo aceitar.
Ao decorrer deste tempo, ela foi se degenerando cada vez mais, onde ela primeiro parou de andar. Depois, parou de falar. Depois, parou de ouvir. Depois, parou de enxergar. Depois, parou de comer. Pouco a pouco, perdeu todos os cinco sentidos do corpo. Ela passou a viver limitada em uma cama, com os cuidados da mãe e o pai desesperados, que faziam o possível e o impossível para que ela voltasse a ser como era antes – em vão. Seus ossos foram se atrofiando, braços e pernas se encolhendo, coluna entortando e outros detalhes que eu poupo de escrever. Ela conseguiu, em nove anos, viver assim, lutando contra tudo e todos para vencer essa coisa estranha chamada vida, tentando suportar a dor que ela não sabia demonstrar, tentando acalmar os pais e os amigos que não entendiam o que acontecia e nos fazendo aprender que o que nós vivemos, nossos olhos – mesmo com miopia – nossas pernas – mesmo com câimbras inacabáveis – nossa garganta – mesmo com problemas nas cordas vocais – e nosso corpo, mesmo debilitado em algumas regiões, nos mostram que tudo ainda pode ser muito bom e que se pararmos de reclamar, a coisa pode se tornar legal.
Ela não teve nem a chance de reclamar com todos esses probleminhas concentrados em seu frágil corpo, sua forte alma e sua coragem e fé inacabáveis.
Nestes nove anos que se passaram, muita coisa aconteceu e esta menina foi lutando brava e fortemente contra todas as adversidades que lhe ocorreram, nos preparando para que o que era inevitável acontecesse e nos deixando a marca do seu coração para que pudéssemos relembrar de sua bravura eternamente.
Há uns três anos atrás, ela nos deu um susto nos fazendo pensar que iríamos perdê-la, quando os médicos declararam que o pulmão direito não estava mais funcionando.
Choramos, gritamos e rejeitamos esta idéia, até que, milagrosamente, ele foi voltando a funcionar, como se ela fizesse uma força que os doutores desconhecessem.
Destes três anos para cá, outros sustos terminaram com final feliz, quando achamos que tínhamos vencido a morte naquela vez. Estamos em fevereiro e, desde Janeiro, ela não conseguia mais defecar tampouco urinar, seus órgãos foram parando de funcionar e, desta sexta-feira para o sábado, os médicos deram poucas horas de vida para ela.
- infelizmente, desta vez, eles não falharam.

Hoje, 25/02/2008, meu/nosso anjo se foi, foi descansar em paz e aproveitar do seu merecido sonho eterno.
Faço aniversário amanhã e nem me pergunto mais que tipo de presente eu posso ganhar, não sei ao certo se eu ganhei ou se perdi o dia, mas uma coisa é certa:
- com ou sem aniversário, ela nunca será esquecida. Eternamente saberei que ela me amava e, com um sorriso na alma, sou obrigado a dizer Adeus mesmo quando eu não estou pronto para isto.
... voe com as pombas, brinque como nunca brincou antes e aproveite aí aquilo que não foi possível aproveitar aqui. Nós te amamos e, que a paz esteja contigo.

Amém.

sábado, fevereiro 9

indefinido exasperado!



Não vemos mais o sol
Nas tardes de esplendor
Hoje amo como um prol
- um grito ensurdecedor.

A minha raiva floresceu
Transformou-se em paixão
Minha vontade padeceu
- eis minha doce seleção.

Não invente meus amores
Muito menos se assuma
Palavras só trazem dores
- e eu te amo como uma.

Talvez bem no meu futuro
Minha vida se transforme!
O carinho no meu muro
Inconstante e uniforme

Que exale o calor
Do corpo que te deseja
Movimentos de ardor
De uma onda que chameja

Não há como explicar
Aquilo que não sabemos
Seria o verbo amar?
- que não é nada do que vemos.


terça-feira, fevereiro 5

cácolá.


é, a gente acha que a tristeza é um sentimento que só acontece com a gente e que, a felicidade é algo que só os outros têm o prisma de encontar.
não sei se eu posso classificar isso bem assim, mas na minha opinião, quem pensa isso são as pessoas que geralmente já encontraram a felicidade - ou a tristeza - e que, por mais que tentem, não têm a capacidade de aceitá-la(s).
"Aceitá-las?" é, aceitá-las. as duas.
D.U.A.S. !
ficou uma interrogação em sua cabeça? ou foi só na minha, quando eu mesmo me fiz esta pergunta ?
tem gente que, dentre tanta balança e tanto sentimento pra segurar, resolve apenas a vida com a classificação de alegria e tristeza.
convenhamos que tanto a felicidade quanto o seu oposto só trazem momentos simultâneos, onde assim que deixamos de fazê-lo, saem e vão " atormentar " novas vidas. Parei outro dia para pensar, porque tem muita gente que se diz feliz e muita gente que se diz triste, solitária e todos os sentimentos negativos que a gente inventou - ou deixou de inventar. Sou uma dessas pessoas e, meu humor muda assim como um piscar de olhos ou um tapinha no interruptor com a capacidade absurda de fazer as lâmpadas ao seu redor acenderem. Todo mundo sabe que o humor é temporário, e acho que o que classifica a gente de verdade é o humor que encaramos, porque parando pra pensar, você descobre que hoje é feliz e amanhã é triste.
[ e isso quem lhe contou tudo foi o humor ].
Meu humor me conta todas as coisas, ele me liga todo dia de manhã e grita no meu ouvido dizendo tudo que eu devo fazer no dia. E geralmente o humor acerta, mas existem ocasiões em que eu me surpreendo a mudar o humor do segundo pro nanosegundo.
- e que esse momento é incrível e extremamente especial para mim dizer em apenas um tópico.

neste dia, o meu momento é indescritível, porque eu não sei se estou triste ou feliz, tampouco alegre, contente, chorão ou ignorante.
Mas amanhã meu humor vai me ligar e vai dizer se eu devo ou não mudar e ainda, se isto que estou fazendo é o melhor pra mim

a voz da consciência ou a mãe da congruência?
beijo, me liga.
.
.

foto acima: obra de chinua achebe, " o sofrimento " .

segunda-feira, fevereiro 4

s.o.n.h.o


"Nem toda palavra é
Aquilo que o dicionário diz
Nem todo pedaço de pedra
Se parece com tijolo ou com pedra de giz"
.
"A nuvem parece fumaça
Tem gente que acha que ela é algodão
Algodão às vezes é doce
Mas às vezes é doce não"
.
.
"Sonho parece verdade
Quando a gente esquece de acordar"
.
.
.
sonho de uma flauta - O teatro mágico

domingo, fevereiro 3

A troca.

imaginei que, por mais que as promessas que ela me fez que não iria me abandonar e por mais que eu tenha acreditado que ela realmente tenha dito que eu fui [ ou continuo sendo, não sei ] uma das mais importantes pessoas da vida dela, minhas imaginações seriam verdade.
- é, pode até ser que, num passado beem distante, eu tenha sido alguém que significou algo pra ela, mas nesse presente ela teima em me dizer que ainda sou " a melhor amiga " que ela tem.
Sempre que eu falo pra ela que duvido que ela esteja me trocando pela outra pessoa, ela me retruca dizendo que isso é improvável porque eu sou importante pra ela de um jeito que ninguém consegue ser e, por se tornar tão normal este fato, comecei a duvidar e, dentre as dúvidas, questionar-me e tentar encontrar motivos que me apeteçam a acreditar na palavra dela.

fato número um [ primeiro ]; nome da fase - o alerta.
- ooi, tenho um namorado. vamos nos casar semana que vem!
[ é minha melhor amiga e, não me deixou sabendo disso ] .
tentei ter uma conversa com ele pela primeira vez porque eu queria tirar umas dúvidas a respeito dele pois eu queria saber se ele era bom pra ela e ele me bloqueou porque ficou com trauma das minhas perguntas. haha.
*duração de fase: três ou quatro dias.

fato número dois [ segundo ]; nome da fase - o pedido
"- ááah, me passa o msn dele pra mim conversar com ele e falar umas coisinhas com ele. "
e foi retrucado, em todas as tentativas:
- não, se quiser, vou colocá-lo aqui nessa conversa porque também quero saber.
*duração de fase: dois ou três meses - talvez um pouco mais.

fato número três [ terceiro ]; nome da fase - socorro!
" - ááah, socoorroo, me defende aqui porque estou sendo acusada de coisas horríveis e, isto pode acabar com meu casamento" - era ela pedindo!
lá vou eu, ajudando com todas as minhas forças e protegendo ela de acusações que, na maioria eram verdadeiras. E eu protegendo ela, com forças que nem eu sabia que tinha, até o momento em que o 'promotor' resolveu sair e saí também, já tendo-a protegido por uma grande parte e fazendo assim com que ela tenha uma particular conversa com o 'amante-marido' que ela tem. no final, deu tudo certo.
conclusão: - o carinha que ela casou defendeu ela melhor do que eu, mas se mostrou completamente interessado no seu passado do qual, sinceramente, não sei o que aconteceu.
áah, eu mudei meu conceito sobre ele também, porque eu achava que o que ele sentia por ela era apenas mais um caso de verão onde ele dizia que queria passar o resto da vida com ela, onde, porém, me enganei. isso pelo menos era verdadeiro e decidi "aceitá-lo".
*duração de fase: duas ou três horas, fora as incontáveis horas a seguir que fiquei pensando nela e se tudo tinha dado certo. ao todo, não sei quando tempo foi porque até hoje penso nisso.

fato número quatro [ quarto ] ; nome da fase - o passado!
tá, voltei um ou dois anos no tempo e relembrei do que acontecia. Ela tinha uns namorados que sabe-se lá onde foram encontrados e que, por motivos e culpas extremamente deles, fui obrigada a entrar em ação, dando um jeito de protegê-la dos dois, fazendo planos mal orquestrados onde raramente eu obtia sucesso - mesmo com a idéia presa na mente de capturá-los e fazê-los pedir perdão pelo sofrimento que perdurou na moça por tanto tempo. até fiz outro perfil na tentativa de persuadí-lo, que, obviamente, fracassou
*duração de fase: quatro, cinco ou seis meses ? não sei.

fato número cinco [ quinto ] ; nome da fase - o passado do passado.
é, a quinta fase eu não tenho do que reclamar porque foi quando nos conhecemos. Lembro-me que foi em um joguinho na internet onde nos relacionavamos com as outras pessoas e, me apresentaram ela: foi amor a primeira vista.
desde então, tardes juntas, madrugadas grudadas, maldades criadas e contadas para a outra, planos feitos que no final não foram cumpridos, júrias que não entraríamos em relação com outra pessoa porque isto atrapalharia nossa amizade e outras coisas que fizeram este período de dois anos durar uma eternidade e, por isso, meu carinho absoluto por você deixou-me na posição de fazer este fato virar um ato - mesmo que passado - e provar de alguma forma, que você ainda vale algo pra mim.
*duração de fase: desde o dia em que a conheci, há dois ou três anos atrás. até hoje.

fato número seis [ sexto ] ; nome da fase - o sexo!
é, ele não podia faltar. e veio com tudo, se assim permitem-me dizer. nas tardes de sobra que ela vinha falar comigo sobre a relação que ela teve no dia passado, quando ela levou ele pra cachoeira ou pro meio do matinho e ali mesmo, eles fizeram! depois da cachoeira, as promessas de gritos que um faria para o outro e o medo que um causa no outro só de pensar em estarem próximos.
é, isso é legal. mas para os dois.
*duração de fase: pouco tempo, desde que ela o conheceu.

fato número sete [ o último, ufa.! ] ; a grande troca.
" Amiga, você não sabe! hoje aguentamos dez vezes seguidas... não, foi treze... não, foi quinze. eu contei! "
eu não acreditei no início, mas no contexto e rumo que a conversa ía, não teve por onde. e aí percebi que os momentos que ela passava comigo foram totalmente trocados por momentos que ela passa com ele, agora fazendo sexo - o incomparável e intransponível queridinho de todas as pessoas.
*duração de fase: começa hoje, não sei até quando vai, muito menos se vai parar.


tenho certeza que minhas tentativas de compartilhamento e "volta a ativa" foram úteis - pra mim, que acreditei que aconteceu de verdade.
não quero mais ser considerada a pessoa que um dia acho que fui, muito menos quero que termine um relacionamento por minha causa, porque isto quem decide é você e eu sei que agora você têm que dividir seu tempo por três, quatro ou não sei quantas pessoas têm o privilégio de ganhar um minuto seu, agora o que eu realmente quero é que você pare de me enganar e me diga a verdade olhando na minha cara que você não me trocou por alguém que você está usando - e vice-versa - como brinquedinho pessoal.
já cheguei nos dias de te ajudar quando você mais precisava, de te socorrer quando você mais acalorava e te salvar nas terríveis situações - não me arrependo e tampouco me arrependerei - mas refleti e, sinceramente, não vejo guardado na minha mente um momento em que tive sua ajuda nos momentos em que eu precisava, porque nos dias em que chorei de tristeza e eu precisava falar com você as únicas palavras que você me mostrou foram palavras escondidas por trás de emoticons de tristeza, que no fundo no fundo, não significam nada.

talvez, do meu próprio jeito, isso seja um Adeus. E confesso que eu não queria que fosse assim, mas se você é feliz do jeito que você está sendo, que continue sendo sem mim porque com certeza melhorará.

um beijo e, eu te amo.
s2.

sexta-feira, fevereiro 1

sentir ou fazer.

" ontem eu vi você na frente do shopping Metrópole, na frente da loja Zêlo. Estavas com uma menina e, não falei com você porque eu não queria te incomodar. "

INCRÍVEL como o universo conspira ao nosso redor, porque antes de ontem [ quinta-feira, dia 31 ] eu matei aula, desde as três horas da tarde e fui para o shopping metrópole, onde - coincidência ou não - o melhor amigo da minha mãe havia me visto com uma colega minha.
é, eu estava na frente da zêlo lá e ele estava chupando sorvete.
O problema não era ele me ver e sim, ver as duas juntas, porque elas não seguem o padrão de sexualidade normal escolhido pelos outros e sim, um que elas próprias perceberam ao olhar para si mesmas [ fora do espelho ] e descobrir o que realmente elas preferem.
Nunca interferi, até porque eu gostei e tenho afinidade com elas, eles ou seja lá como preferem dizer.
o magnífico é que, quando ele me viu, foi apenas um minuto em que eu me desgrudei do casalzinho e fui dar uma volta com ela - porque a outra estava muito ocupada falando com o melhor amigo dela - e neste minuto foi quando ele me viu, com as mãos dadas com a outra menina como se fôssemos um casal de verdade.
Levei um absoluto susto quando isso aconteceu e, ao mesmo tempo, dei graças a Deus porque não aconteceu o que eu temia.

[ é para mim ter mais medo, mas na teoria o medo é apenas passageiro, por isso o que me dominou no momento foi a incerteza ] .

por mais que tudo tenha acontecido da pior - ou melhor - forma possível, não consegui encontrar um final filosófico para este texto meu, onde, geralmente, eu incremento dando a parecer que eu sou mais inteligente do que a idéia que eu mesmo criei.
Tento fazer isto porque desde sempre eu tive o conceito de que nem todas as palavras são aquilo que o dicionário diz - fica meio clichê porque eu tirei essa frase de uma música - mas é a pura verdade.
Sempre tive a idéia na minha mente que as palavras muitas vezes ( por mais vasto que o nosso vocabulário possa ser) não mostram realmente aquilo que a gente quer dizer e que, em relações ou namoros, a gente se perde porque não consegue achar palavras que mostrem realmente aquilo que a gente quer dizer.
- não tive esse problema ainda, mas quando eu o tiver, eu saberei que " eu te amo " não poderá virar "Bom Dia", porque uma hora vai perder o efeito que eu quero que ele tenha e, nesta hora, o relacionamento começará a murchar e eu não encontrarei palavras mais fortes do que esta pra mostrar realmente o que eu sinto, pois a nossa linguagem é muito simples e por mais que digam que o português é amplo demais, nunca encontrei palavra nenhuma - seja escrita no dicionário ou pichada no muro - que me mostrasse aquilo que eu queria ver.

e é por isso que, de alguma forma, vou tentar criar um vocabulário onde apenas eu entenda aquilo que eu realmente quero dizer e, de tal jeito, fazer com que as palavras valham alguma coisa pelo menos para mim.
Enquanto isso vou continuar no velho vocabulário conhecido por todos e todas, que mesmo da pior forma, me encontro.

; diário secreto.

terça-feira, janeiro 29

Noite secreta

- foi a primeira vez que eu tive uma noite secreta. Foi estranha, por assim dizer, mas foi prazerosa [ em todos os sentidos ] e ao mesmo tempo perigosa – o que aumenta o prazer. Foi estranha porque não precisei sair de casa para isso.
E perigosa... O perigo de ser pego - dos dois jeitos, na mentira ou no próprio físico.
Não tenho muito como explicar uma sensação nova e ainda não aprimorada, mas acho que quando algo é bom e divertido, devemos fazê-lo de novo e de novo.
E enquanto tenho todos os equipamentos para fazê-lo, haverá outras noites, com mais personagens e mais interatividade.
... descobri que máscaras cobrem na maioria das vezes o que a pessoa é, descobri que nosso mundo não é tão minúsculo quanto parece, que as pessoas certas aparecem nas horas certas e que quem é uma coisa, cedo ou tarde, acabará confessando – de alguma maneira – que é tal coisa.
Acho que já assumi o meu fato de verdade.
O que me falta de veridicidade é coragem para assumi-lo mundo afora, mas a vontade não é grande. Viver às escondidas correndo perigo nem sempre é algo ruim. Hoje foi prazeroso e eu mesmo me proporcionei momentos de deleite e criei idéias que foram cumpridas, de uma forma, bem violentas. Ahaha.
... aprendendo a viver, convivendo nos segredos, escondendo a própria vida, vivenciando os momentos, morrendo nos segundos, seguindo o próprio traço seguido de dores angustiantes e memórias que não necessita o uso de drogas para que esta realmente exista.
Basta querer e poder.
Eu quero;
E posso...

; diário de Rafaela.

sexta-feira, janeiro 25

pressão.

Artificial, mecânica, falsa, forçada, obrigada ou enxotada. Decerto não sou uma pessoa que gosta de ser pressionado, mas posso garantir que sou uma das que mais evita a bendita ( ou não ). Dando gargalhadas malvadas e forçadas, assumo que gosto de fazer pressão nas pessoas e que, de certa forma, elas me dão um prazer espontâneo porque ver a cara de susto dos outros é uma coisa que me deixa entusiasmado e me faz criar besteiras que nem eu sei que existem. A pressão é uma coisa negativa e é admissível que ela não é boa nem para quem faz, nem para quem é pressionado. Mas o fato de saber que a pressão é uma desgraça é o único fato que me faz querer pressionar mais as pessoas, porque quem faz desgraças é desgraçado e quem é desgraçado geralmente é feliz. Tenho vergonha de dizer que sou feliz impondo pressões nas pessoas, mas como eu mesmo disse e rotulei, quem é feliz assim é desgraçado e, sinceramente, acho que não menti sobre isso. ahaha.
O fato de eu gostar tanto de falar sobre besteiras talvez seja porque eu me deduzo a uma em si ramificada com várias cadeias, onde do lado esquerdo existem vários galhos com um nome feio em cada um e do lado direito existe uma equação química que explica porque eu gosto de ser e fazer isso. Embora eu ache que nada tem solução, isso infelizmente têm e a química pode explicar sim, a única coisa que a gente não sabe explicar é como.


[ risadas maléficas ]

Só não me espere te ajudar a descobrir os meus segredos, porque você provavelmente será coagido.
· Esconde-se então a minha parte desgraçada a partir do momento em que a pressão me pressiona.

terça-feira, janeiro 22

... e o vento levou

às vezes, paro para pensar o que a verdade pode estar escondendo. É fa(c)to que a verdade esconde mais do que parece, mas ela é a única que pode aliviar o fato de esconder um sentimento pior do que a mentira:

- o arrependimento de não ter contado.
todo mundo sabe o que é arrependimento e eu não sou professor para explicar o que significa e mesmo se fosse o conceito de arrependimento pode ser diferente para qualquer pessoa.
o meu, é de não ter feito algo quando eu poderia ter feito.


... me pergunto quando foi a época em que eu tive a chance de me abrir. Mas e agora? Tarde demais, haverão muitas brigas e discórdias se, por acaso, a verdade surgir? será que ela surgirá ou será que se esconderá?
venho a vida inteira tentando descobrir quando na verdade já sei a resposta: - não existe momento para isso, a única coisa que realmente pode existir é a preparação.
A partir da preparação, pode existir o momento onde a verdade surja. É plausível que eu não tenha crescido e que eu não tenha maturidade o suficiente para dizer quem ou o quê realmente sou, mas até lá, o tempo vai passar, e junto com o tempo, as minhas chances que nem eu sabia que tinha.
e, perdendo e perdendo, acabo ganhando.
[ só não se sabe o quê ]




terça-feira, janeiro 15

impróbido.

medo...
de olhar para baixo e não encontrar o chão
perdendo-me em tão mútua aflição
sem ter coragem de sequer ter uma ação.

agonia...
de uma dor emocionante
ardida e inquietante
grande e exorbitante.

trauma...
de uma infância mal resolvida
remédios com gostos de feridas
atitude extrema, muito suicida.

neura...
todo o pouco sumir num instante
bondade extinta no próprio restante
coração divino não ser diamante.

raiva...
chorar de remorso sem poder rezar
gritando a vida que irá lhe horrorizar
sentido passivo que vai se afastar.

mentira...
de um mundo selvagem e estranho
alastram-se mais que um rebanho
de mortos que eu não me oponho.

inveja...
limpar a burrice da cor
que os olhos chamam de agressor
- e tudo explica esse fator.

posse...
ridículo e passageiro
tudo isso por dinheiro
que destrói meu tabuleiro.

maldade...
poemas sem finalidade
sem sentimentos nem idade
só ressaltando a crueldade.

terça-feira, janeiro 8

- ano novo, vida velha.

os dias que já passam sem a minha autenticação são dias que viraram partes usadas e velhas do meu cotidiano que depois de tanto tempo, percebi que não muda.
dez minutos atrás eu olhei para o relógio e era um dia, agora olhei e já mudou; é outro: - não é força de expressão, é a verdade mesmo.
e olha só como a coisa é estranha... semana passada foi gramaticalmente, verbalmente e literalmente o ano passado. Passaram-se já oito - oopz, nove - dias desde que o ano velho se foi, e sabe o que é..?

Nada.
As promessas das pessoas que conjuram que terão vidas novas, porque vão parar de fumar ou maneirar no refrigerante são sempre falsas. Não tem como dizer que você mesmo já fez as promessas de um ano novo que, por ser novo, vai te proporcionar vida própria.
Embora devesse ser, não é vergonha nenhuma dizer que você já prometeu coisas que você não cumpriu. Eu mesmo, na passagem de 2006 para 2007 prometi que eu ia parar de mexer tanto no computador porque isso estava "acabando" com minha vida. nesse mesmo ano, prometi que iria estudar mais e me esforçar mais na escola porque eu estava mudando de escola e eu tinha medo de não me adaptar a um outro método de ensino, mais avançado, mais perigoso.
A diferença entre os ângulos talvez a matemática possa explicar, mas a semelhança é tão distinta que é melhor deixar essa continha presa na nossa própria cabeça, para o nosso próprio bem e para o próprio bem da matemática. Eu não consigo acreditar que um ano se passou desde a minha mudança de ensino, quando eu ainda percebo que eu não consegui me adaptar, porque vira e mexe falo com uma ou outra pessoa que estudava comigo na outra escola e o coração bate forte de saudades, de vontade de jogar tudo pro alto e voltar.
até 2006, admito que eu não ligava muito para a escola - o que não me impedia de estudar, porque eu me esforçava e, mesmo não conseguindo, tentava ser um dos melhores, até quando meu pai pegava o meu boletim e gritava comigo porque aquela não era a nota que ele queria.
E eu não ligava, porque eu na verdade sei o que é a escola e pra quê ela serve, sei que se a gente não tiver educação a gente não tem futuro nenhum e blábláblá, mas eu ligava pouco pra isso, pois o único esforço que eu fazia era para não repetir de ano e, modestamente, confesso que eu conseguia me esforçar muito bem.
não sei se eu estou sendo compreendido, mas a minha intenção nesse post não é fazer ninguém entender nada e muito menos fazer um desabafo. o que eu escrevi e continuo escrevendo é uma explicação para atos que eu tive em situações passadas e que não foram abertos para ninguém, talvez por medo - porque os meus sentimentos de agora já são diferentes dos que eu sentia dois ou três anos atrás e acho que talvez por isso eu não saiba dizer o que eu realmente pensei.

continuando, em 2006, na escola que eu estudava, eu me achava normal, eu não me achava ninguém importante não porque eu não queria e sim porque eu não podia. Quer dizer, eu podia, mas logo vinha alguma pessoa que me arranhava no pescoço e tirava esse poder apenas com um pouco de veneno. E isso me fazia sentir inferior. Inferior ao ponto de me achar uma pessoa chata, que quer acabar com a nota de outras pessoas - é, eu fiz isso. prejudiquei a nota de um "colega" porque eu dedurei umas coisas dele para a professora e, com a justificativa de que ela era minha amiga, carreguei esse fardo até o dia em que eu me conformei que estava errado.

mas até aí, eu nunca liguei porque essa pessoa não é uma alguém importante pra mim e na época, também não foi. Mas às vezes, eu penso na besteira que eu fiz e como as coisas poderiam ter sido diferentes se eu não tivesse feito o que fiz, no entanto cheguei a conclusão de que provavelmente alguma outra coisa iria proceder se aquela decisão não tivesse sido executada.
Demorei um pouquinho, mas eu consegui superar o que eu fiz - mas não consegui esquecer. E quando falo com um amigo ou outro que estudava comigo naquela época, quando recordamos o passado e lembramos o que é isso e o que é aquilo, este me diz que essa pessoa é um tanto quanto "falsa" comigo, pois sempre em que o meu nome é tocado, eles devem abrir o guarda-chuva e esperar a chuva de facas passar. [ risos ] Mas eu não ligo p. isso, essa falsidade não existe porque não existe amizade também.
Falsidade apenas existe no momento em que um sentimento bom aparece também, porque não tem como eu ser falso com uma pessoa se eu não sou nada dela.

Até porque, o nome mesmo diz: Falsidade. Sou uma coisa com ela, por traz sou outra.
No caso, não é falsidade, porque ele não é nada comigo. O que dizem ser falsidade é apenas uma opinião livre (...)
Enfim, eu não tive motivos para citar esse acontecimento, achei apenas que eu precisava falar porque eu não sou perfeito e estou longe de ser. Mas houve coisas ruins, coisas boas e coisas melhores ainda.
a coisa boa: - conheci pessoas que levarei - com certeza - para o caixão.
a coixa ruim: - conheci pessoas que com certeza, se pudessem, me levariam para o caixão.
a coisa melhor ainda: - uma das pessoas boas que conheci, briguei e fiquei anos sem nos comunicar, mas hoje somos melhores amigos e vira e mexe, dá saudade de voltar no tempo p. fazer as coisas de um modo diferente.

É, esse foi o meu ano de 2006 dentro da minha escola.
2007 foi outra coisa, foi diferente e foi gostoso e ao mesmo tempo doloroso.
Cheguei na nova escola como que de intruso, colocando os pés nos primeiros meses tremendo com medo de fazer algo de errado porque aquele era um ambiente que eu não sabia me comunicar.
é, foi diferente e foi doloroso. Mas com o passar do tempo - porque afinal é o tempo que muda e cura tudo - eu consegui encontrar o meu caminho e criei o meu próprio estilo, onde vieram até mim as pessoas que eu quero e tem o mesmo estilo que o meu.
Nos relacionamos e viramos amigos.
[ no entanto, nenhum destes amigos que criei em 2007 será um amigo que quero levar para o resto da vida. ]
Talvez, dentro de algum tempinho, eles possam virar um amigo assim, mas eu não tive vontade de ver nenhum nas férias e também senti que isto era recíproco.
Acontece de chegar no MSN e eles disserem " Tô morrendo de saudades de você..."; eu sei que aquilo pode ser um pouco de verdade, mas sei que eles fazem isso porque estamos acostumados a nos ver todos os dias e como a rotina mudou no período de férias, eles acham que sentem saudade por isso.
Já outros amigos que eu tenho, sei que posso confiar sempre e sei que sempre que eles dizem que estão morrendo de saudades, é porque realmente estão morrendo de saudades.
Quando eles não dizem que estão morrendo de saudades é verdade também. ahahahaha.
mas isso faz parte da amizade, amizade é apenas um ciclo de confiança onde não pode haver mentiras. E é por esses amigos que eu ainda escrevo estes textos enormes, porque foram estes amigos que causaram o bom e péssimo ano que eu tive no meu passado.
...porque mesmo que não pareça, sei que o que eu realmente penso ninguém pode pensar igual.
[ e a importância que vocês fazem na minha vida, meus amigos, matemática não consegue criar estatíticas e cérebro humano sequer consegue chegar perto da verdade ! ]
Não acho que seja o ano que vai mudar as pessoas, acho que elas mudam sozinhas, o ano é apenas algo que as forçam temporariamente a mudar. Até porque, o ano novo é apenas mais 365 dias, e o dia 1 de janeiro é apenas mais um dia que podemos acrescentar desde o início da humanidade.
O que eu apenas dou risada é que tem uns ou outros religiosos que dizem que o ano 2000 é o ano em que tudo termina, mas eu descobri que não termina porque são apenas dias atrás de outros. E descobri porque também, afinal, estamos em 2008. ( Gargalhadas forçadas )

Mas vamos lá... quero ver qual vai ser o meu limite e, melhor ainda, se eu posso aguentar até lá.
[ feliz dias novos ]