sábado, maio 16

flor de poliana.

Entre um nariz quebrado e um sorriso falso
Entre brigar e fugir de cena
Entre assassinato e diplomacia
Entre regressão e fim da terra
Entre brutal e realidade de compor-se bem
Entre gritar e puxar as rédeas
Entre ponta dos pés e andar com um passo falso


Entre violência e o agitado silencioso
Entre meu punho e minha flor Poliana
Entre "vá se foder" na sua cara e tá tudo certo
Entre guerra e negação

Entre voar vasos e chorar secretamente
Entre soltar canhões e sempre andar para baixo
Entre hematomas e todos eles diferentes
Entre estar tomado a cozinhar.

O que estou fazendo com todo esse fogo?
Você está me entendendo neste lugar?





agora estou avisado, não quero nada racional.

antibiótico.

É recompensador se segurar na corda bamba quando você sabe que está tudo simplesmente pendurado por um fio, tudo preso dentro de uma hipocrisia barata criada por alguém que você nem sabe que existe - não pelo fato de ela não ter nascido e sim pelo fato de você não conseguir reconhecê-la.
Passei da fase vil para entrar numa fase monótona.
Passei da fase "gente, olha pra minha cara de coitado; o que eu fiz pra merecer isso?" e entrei na famosa frase " e agora, quem é que está comigo e quem é que vai ficar comigo pra sempre?"
Paro pra pensar o quanto sou estúpido por ficar me removendo de tudo por coisas que não valem a pena se deixar ser remoído. Acho que tenho crescido bastante, acho que estou descansado o bastante pra saber o que desce e o que sobe; sou grande o suficiente pra não ter mais receio de tirar a mão do bolso com medo de perder o conforto, sou grande o suficiente pra saber que estou bem assim, que a tontura que eu sinto ao dar uma tragada no cigarro que comprei na esquina da minha casa é a melhor tontura da vida, que o espirro depois de um banho gelado não é nada mais do que a consequência de algo que eu já sabia que ia acontecer.
Sou grande o suficiente pra saber que, por mais que eu tenha crescido e me envolvido - ou desenvolvido - tem coisas que simplesmente são tão novas que parecem que são sempre a primeira vez, com a comparação chula e fútil de que tudo é um prato de entrada.
É sorrindo que a gente descobre até onde o brilho dos olhos chega e, com isso, o final colossal chega com a sequência proposital de me agradar por eu descobrir que toda essa minha psicose é simplesmente uma fase para eu ampliar minha coragem.