segunda-feira, junho 29

demais, ou mais, ou a mais.

me empolguei demais.
demais, demais.
mas foi demais, foi a mais e eu repito que não acho isso nada demais e embora achem que o 'mais' não seja uma somatória neste caso que eu cito, acho que ele não tem sentido se vindo sozinho ou desacompanhado da única tristeza que ele poderia ter: o 'menos'.


é só eu não me empolgar pra sair dizendo ' mais mais ' que nem andei fazendo, porque aí só vou atrair o ' menos menos. '
mas até então, nem ligo.
não acho que seja algo a mais para se acrescentar, meu livrinho já se fechou.antes mesmo de eu ter a oportunidade de dizer que a história terminou antes do tempo, antes mesmo de eu dizer se ela era demais.
nada mais.

sábado, junho 27

grita, vai.

Grita alto pra ver se alguém te ouve, grita alto pra ver se não vai perder a paciência; grita alto pra ver se você não destrói o resto das flores que ainda restam no jardim. Grita alto pra ver se você não se fura com a própria voz, grita algo pra ver se nossa trilha sonora não muda, grita alto pra ver se o sinal de alerta ainda funciona e grita alto pra me provar que você não é nada do que eu penso que é.

domingo, junho 21

Quero me sufocar, mas não é de raiva. É de alegria, é o sufoco nervoso que faz com que a falta de ar seja simplesmente o que ela realmente é: uma falta de ar.
É um sufoco de alegria que faz com que você pule de felicidade, faz com que você se torne mais vaidoso do que você já é e faz com que você perca a pouca noção de tempo que você tem.
É um sufoco que faz você se perder, que faz você procurar por coisas loucas e bonitas e faz você ficar falando em círculos repetidamente.
Você se torna redundante e, com isso, acaba se tornando dispensável. Mas essa não é a parte ruim, porque a parte boa é muito melhor que isso: você se vê não somente como um líquido que encontra o recipiente perfeito, mas aceita a sua condição de inutilidade. Você se vê como você realmente é e não liga para o que os outros pensam. Você aceita, convive e é feliz com isso.
E não encara a verdadeira realidade da vida que você mesmo criou sem saber.

quarta-feira, junho 17

flower

eu não vou dizer que a flor que me despedaçou tinha espinhos; vou dizer que aquele espinho tinha uma flor linda por perto.



e é bom que saibam disso, tudo vai ser difícil e chato se eu não correr atrás; mas é minha decisão, às vezes passar pelo difícil requer um nível mais interessante. Requer crescimento.
E eu acho que tenho crescido.
Porque essa flor que supostamente me destruiu me mostrou partes de mim que nem eu sabia que podia explorar.
E por isso, mesmo que anonimamente, tenho profundo agradecimento.

Amiga

É difícil não sentir falta de uma pessoa que te apoiava em todas as suas decisões, que te xingava quando achava ser necessário e que se mostrava sua amiga em todas as situações. É estranho que ela tenha se afastado porque a vida assim o escolheu, que ela foi para um caminho que eu ainda não estava pronto para ir. É estranho que ela seja quem mais faça falta na minha vida hoje, é estranho que ela seja a única pessoa que eu quero jogar todos os meus problemas em cima, dizer "que se dane, resolve!" e saber que ela resolveria tudo e me daria tudo em um estado ainda mais perfeito, porque eu sei que ela é do tipo de pessoa que posso confiar tudo em mim e mais um pouco; é uma das poucas pessoas que confio a minha vida.
Dizer que amo ela é o máximo que eu posso fazer, tudo se complicou. Ela foi para um canto que não consigo mais achar e, mesmo sabendo que ela voltaria por mim, nossa amizade se enriquece ainda mais porque mesmo de olhos fechados, nossa base de fofocas e amizade ainda continuaria intacta e eu sinceramente diria que amo ela mais ainda por isso.
Ela é tudo o que eu não sou.
Ela é tudo o que eu sou.
E de alguma forma ridícula, nosso ódio primário se transformou em um amor primordial que eu não consigo entender até agora. Ela é a pessoa que mais faz falta na minha vida e é simplesmente aquela que eu lutaria até o último segundo pra nunca perder.
Obrigado por me ajudar a me sentir vivo e por ser uma amiga que eu não trocaria por nenhuma riqueza desse mundo.

segunda-feira, junho 15

...

Cansei de tentar fazer a diferença, que diferença faz se quem tem que ver fica se escondendo por trás da hipocrisia?
Nenhuma, mas o que eu sei e sinto é verdade: não sou o único que está se remoendo com toda essa passagem inquieta e com certeza não me arrependo de nada, até porque, me arrepender por ter sentido algo que nem eu sabia que sentiria não é algo digno; é fugir de quem você realmente é. Cresci ao ponto de não me esconder por trás de uma máscara que é tão falsa que já não consegue mais mentir as aparências.


Não vou correr atrás, é claro. Vou deixar todo esse sentimento se desgastar até eu mesmo descobrir que deixei de sentir tudo. E não quero que corram atrás também porque se eu for pensar bem, eu que sou eu não movi um músculo pra isso melhorar ou piorar. Fui parasita e não posso exigir nada de ninguém.
Como uma amiga minha disse, as pessoas podem continuar legais como sempre foram, mas as bocas sempre têm dois lados: o lado que seduz e o lado que destrói.
E aparentemente eu aprendi a conhecer esses dois lados e, pra falar a verdade, não gostei de nenhum deles, mesmo sabendo que eu não tenha me apegado o tanto que eu achei que iria me apegar.

Embora estar perdido por causa de alguém inicialmente pareça uma idéia mal-instruída, eu não sinto que eu consiga derramar sequer mais uma lágrima. Eu não consigo acreditar nas idéias das pessoas, não consigo acreditar que fui trouxa. Não consigo acreditar que fui iludido, não consigo acreditar que fui tão tonto ao ponto de querer me entregar como nunca eu quis antes e, por pior e mais real que seja, não sei e não vou saber entender porque diabos quis entregar tanto meu sorriso por alguém que conseguiu destruí-lo com a maior facilidade do mundo.