sábado, janeiro 31

vento

e quando se der conta de tudo o que estou passando, o tempo se mostrará irreversível e não será o melhor amigo e nem mostrará o melhor caminho para seguir.

Tudo caiu.
seu conceito, seu sentido.
sua boca e conteúdo
meu amor e a discórdia.
Tudo caiu.
meu orgulho e minha prece
meus segredos e defesas
meu anjo e meu capeta.
minha máscara, meu sabor.
Tudo caiu.
Meu tapete foi puxado.
Caí na areia movediça.
impuxado contra o mar.
e cuspido contra a terra.
Tudo caiu
minhas cartas já chegaram
o destino se fechou
a remetência se matou
e as fotos envelheceram.
Tudo caiu.
Minha dignidade.
Meus meses perdidos
Meus sentidos
e minhas lágrimas.



não sei acreditar que vou ficar bem no final.

quinta-feira, janeiro 29

só pra constar

descobri que a boca também pode ter espinhos e que frases podem ter sentidos irreversíveis.





é só refletir, isso vale pra todo mundo.



solução.

Passei a escrever muito mais depois da rejeição do que antes dela, a gente aprende a se colocar no lugar de onde nunca deveria ter saído. Mas me sinto na obrigação de fazer isso, me sinto na obrigação de colar os textos que o escrevi mas que não consegui mandar. Acho que não mais vou ficar escrevendo sobre meu 'amor' platônico, isso não me adianta de nada.
Vou escrever de outras coisas, sei lá; aquecimento global, suicídio, homicídio, sexo e coisas mais interessantes.

a superessência vai acabar passando e acabarei achando que o que sinto por ela vai se tornar tarde pra voltar, descobri coisas das quais não me arrependo de ter descoberto.
Mas tudo bem, não vou deletar nada do que eu escrevi porque tudo o que escrevi é verdade e é a parte do meu presente - a única parte, por sinal - que não quero fugir.
acho que pelo menos 'uma' pessoa vai sentir falta do que escrevo, embora nem ela admita que sente essa falta. Talvez ela nem saiba ainda.
Vou colocar meu texto, um dos meus 'preferidos'.


Atitude.


"Não se atreva a querer me parar, não se atreva a dizer que tudo o que sinto não passa de um momento da minha vida e não se atreva a me forçar a não querer acreditar que o que você sente não é o mesmo que sinto agora; eu vou seguir em frente, não vou mais voltar atrás e a partir de agora eu vou assumir meu sentimento, vou assumir que tudo o que sinto faz parte do meu crescimento e que seu sentimento está me fazendo viver pela primeira vez.
Você sabe misturar medo com prazer, você sabe me deixar extremamente impulsionado apenas com o fato de me ignorar e sabe fazer isso de uma forma extremamente perigosa. Tento ser de ferro, mas sou carne; uma carne ainda limpa, mas que por você se tornaria podre.
Eu vou tentar fazer o que for preciso pra te puxar mais pra minha vida, vou tentar sugar o máximo que eu puder de você e vou saber usar seu defeito contra você pra te fazer apaixonar por mim também e – mesmo que você não esteja – estou a fim de gritar “truco” na sua cara pra ver se sua resposta vai ser um blefe ou não; é um jogo do amor, sim. Que vou atacar com todas as minhas garras pra ganhar você como um prêmio, o meu prêmio.
Eu quero você e você tem que saber disso.
E se mesmo assim você tem dúvidas das minhas intenções, leia direito:
Eu arrego. "



e se eu não tivesse arregado, eu não teria me ferrado e não teria a certeza de que o agora, o antes e o depois infelizmente continuarão sempre os mesmos.

a presença, mesmo presente, faz falta.
tentação.
coisas precisam ser feitas e ditas.

quarta-feira, janeiro 28

falsidade

Eu me pergunto o que leva a uma pessoa sair por aí dizendo que ama a outra apenas por ter saído duas ou três vezes com ela, quando elas ainda não se conhecem como devem se conhecer antes de sair dizendo essas palavras; acho que essas palavras são sagradas, não são 'permitidas' a serem ditas com essa facilidade.
Eu amo você é uma coisa relativa, é o tipo de frase que eu quero ouvir e sentir meu coração palpirando de felicidade, é a frase inesperada do momento inesperado.
E saber que ' quem te ama ' diz que ama mais pessoas no mesmo ano, na mesma semana... É no mínimo estranho, não é?

A tentação de dizer um ' eu te amo ' é grande, é imensa. Digo por mim, se tem algo que consigo segurar e manter é essa frase maldita porque meu orgulho é maior do que tudo nesse mundo; se bobear, é até maior do que o amor.
E eu não sei nem porque estou falando isso, eu não estou amando!
Estou apaixonado, estou num momento e numa fase extremamente novas na minha vida e tudo o que sinto faz um bem imenso dentro de mim e, embora eu saiba que não é recíproco e embora essa pessoa nunca tenha me iludido, nada me impede agora de ter um pouco de receio e raiva dele.

parece até normal isso, estou na fase de pós-parto e estou conhecendo novas pessoas e novos sexos.
vou pôr uma arma na minha cabeça e fazer a balança decidir o que é certo.

sábado, janeiro 24

batalha de lágrimas

Sou uma batalha de lágrimas, até meus olhos disputam quem consegue produzir a lágrima mais salgada. Meu nariz inspira o cheiro exótico das secreções e a mão agradece, por ser a única conselheira do momento pra se meter no meio e fazê-las parar de cair. Vou tirar umas férias e voltar pra minha vida de verdade.


"O que quer que aconteça
Eu deixarei tudo à sorte
Um outro ataque cardíaco
Outro romance fracassado
E continua, alguém sabe para que nós estamos vivendo?
Eu acho que estou aprendendo
Eu preciso ser morno agora
Em breve irei virar a esquina
Lá fora o amanhecer quebrantece
Mas por dentro ainda está escuro
Estou doendo de liberdade"

O show deve continuar!

quarta-feira, janeiro 21

pós-parto

Não sei se o pior é o antes ou o depois, até porque eu sei que o antes sempre e nunca existiu e o depois continua o mesmo, continuo sentindo a mesma coisa e isso é algo que não vai mudar - pelo menos não tão cedo, não tão aparente.
Eu me abri o suficiente pra ver que o que eu sinto é algo bom e prazeroso e realmente eu não me arrependo disso; se eu tivesse outra escolha, uma escolha de ter passado pela vida sem tê-lo conhecido e sem ter sentido o que estou sentido, eu jamais mudaria. Jamais.
Não me arrependo de nada que eu sinto, não me arrependo do medo que senti e não me arrependo do tempo que esperei pra não ter a resposta que eu queria. Só que o inevitável, mesmo que ele tivesse pedido para eu não o ter, vai acontecer : vou ter vergonha e não vou mais conseguir conversar com ele como antes. Isso nunca vai acontecer, não depois dele ter descoberto os segredos que eu segurava com tanta força na palma da mão.
Ainda não consigo acreditar que ele não sabia, não consigo acreditar na confusão que fiz na cabeça dele e essa é a única parte em que me sinto culpado porque se eu for ver em relação a mim mesmo, isso não vai me deixar culpa porque mesmo tendo uma resposta 'negativa', o que eu fiz eu teria que fazer alguma hora porque ele provou ser mais forte do que eu esse tempo todo, mesmo 'ignorando' tudo o que eu dizia e mesmo não gostando de mim do jeito que gosto dele.
E fiz um apelo, pedi apenas a nossa amizade. Não vou conseguir fazê-lo, é óbvio. Mas vou tentar. O melhor de tudo que me fez sorrir foi saber que eu não estou mais em guerra comigo mesmo por não saber assumir pra ele tudo o que sinto.
E que embora todos os meus sonhos onde ele é a estrela principal continuem a povoar minha cabeça, minhas lágrimas vão cair até onde eu puder suportar e quando não tiver mais de onde sair eu vou parar de sofrer por ele e vou ver que o que aconteceu realmente foi o melhor para nós dois.
Nesse pós-parto, eu me sinto com um corte na barriga mas ao mesmo tempo sinto uma paz interior.
E é essa paz que me faz ter certeza que mesmo como amigo, quero essa pessoa comigo por um tempo indeterminado. E que se não posso dar a ele o que eu quero, vou fazer o mais próximo disso sem cobranças, sem forçar e nem nada. Quero-o naturalmente.
Mas garanto que nos próximos tempos não mais o chamarei para conversa, vou me sentir a pior pessoa do mundo porque sei que vou virar um pimentão se ele falar comigo e sei que meu coração vai bater mais forte.
Mas é inevitável, faz parte da vida e do que sinto.
E eu não trocaria nem mudaria esse sentimento por nada nesse mundo; NADA.

fica em paz, me desculpa.

terça-feira, janeiro 20

Verdade

Se eu fosse escolher uma cor para a morte, eu escolheria o amarelo. Não devo ter motivo nenhum pra essa cor e o mais próximo de um motivo que eu poderia escrever é que eu não gosto dessa cor, tenho nojo do amarelo e como a minha própria teoria diz, já basta o sol ser amarelo e brilhar todo dia. Não preciso me vestir dessa cor e não preciso gostar dela por isso.
E a relação do amarelo com a morte? Bom, pelo menos pra mim ela é simples porque assim como eu não gosto quando vejo o sol amarelo todo dia, não gosto de ver as pessoas morrendo todos os dias e principalmente odeio quando de vez em quando o amarelo forte da morte bate perto do meu peito tirando alguém importante de mim pra sempre.
Tudo nessa vida tem uma relação com as cores, tudo que vejo nesse mundo tem a ver com as cores e me vejo de uma forma diferente do que os outros pensam, não vou padronizado dizendo que o vermelho é a cor do amor e o branco a cor da paz porque pra mim não é assim. A cor mais próxima do amor que posso encontrar é o preto e – não se surpreenda! – é minha cor preferida, é a cor que acompanho todo dia em pelo menos uma parte do meu vestuário – mesmo que a cor da cueca, carteira, cinto. Mas o preto está sempre lá, marcando presença nas horas mais importantes e tristes da vida; talvez não seja somente a cor do amor e sim a cor da presença, da onipotência.
As cores da competência me fazem pensar e me fazem refletir mais uma vez que tudo o que sinto têm relação ao humor, a criação que tive desde criança e às proibições que sempre tentaram me fazer seguir. Na verdade, acho que tem gente que tem que se tocar que a coisa não funciona assim e que desde criança temos a curiosidade de descobrir o proibido e, na falta que vocês me fizeram me proibindo de gostar de qualquer coisa relacionada ao coibido, descobri por conta própria e agora já acho inevitável a conversão do que eu fui um dia antes, do que eu fui dez anos atrás. O garotinho de vocês morre aqui, nesse texto, falando as coisas mais banais que existem e fazendo as cores da natureza darem sentido e sentimento a vida.
Não sei como voltar e não me interesso a voltar, mas eu sei que, se eu tentar, o único lugar que vou chegar vai ser em um deserto perdido dentro da minha própria cabeça que não vai me dar resposta nenhuma que eu busco; não vou deixar pra depois, não vou mais desistir de querer que minha vontade faça sentido e dê vivacidade a minha vida. Não é pela primeira vez que eu descubro isso, mas é a primeira vez que eu assumo que estou tão decidido quanto nunca na minha decisão e que ela vai ser a única que vai me fazer feliz – vai fazer feliz, no meio do turbilhão de brigas e emoções que virão por causa dela. Sabe, eu realmente me importo e realmente sinto medo do que vai acontecer comigo por causa das minhas decisões, mas mais forte do que meu medo é a minha vontade de ser feliz com minhas cores e minha vontade de jogar tudo pro alto pra provar pra mim mesmo que posso ser feliz com o inusitado que poucas pessoas escolhem.
O sono vai me envolver e vai me dar a leve impressão de que tudo vai começar novamente, me fazendo acordar e esquecer o que sonhei só para eu não me preocupar e não confundir a vida que eu vivo com a que vivo no sonho; parece real, parece gostoso. E é inevitável não sonhar e por isso eu me rendi aos próprios encantos da vida, me rendi a viver em cláusulas e a partir desse momento vou me segurar e vou fazer o necessário pra pensar menos nos outros e mais em mim.
O meu momento vai chegar, o amarelo um dia vai chegar à minha vida da forma mais inusitada possível e isso eu não posso evitar; a única coisa que vou fazer antes disso é me certificar de que tudo o que eu vivi teve um sentido único e transversal na minha vida, que me fez ver que tudo o que eu vivi até aquele momento valeu a pena e que eu passaria pelo sufoco e pelas brigas da vida novamente só pra ver o sorriso de quem eu amo, o sucesso da minha carreira, o meu livro pronto e com sucesso – porque esse é o sonho da minha vida – e todas as felicidades que eu sei que eu posso buscar se eu for atrás do meu sonho.
Sou novo ainda, não fiz nem vinte anos ainda, mas eu me sinto como se eu fosse dono das minhas próprias atitudes e – embora muita gente possa dizer que o que eu sinto faz parte da minha idade, do crescimento dos meus hormônios e do ‘tesão’ por tudo, eu não vejo isso.
Quer dizer, até vejo; eu vejo que estou em fase de crescimento e que meus hormônios tomam e dominam a minha cabeça, mas ao mesmo tempo eu vejo que ainda tenho cabeça o suficiente pra tomar conta dos hormônios e decidir quando usá-los e, melhor, se vou realmente usá-los.
Meu Deus existe em algum lugar, mas não é o Deus crítico que todos olham por aí; não acredito em bíblia, não acredito em doutrina religiosa e não acredito que o mundo vai acabar um dia porque o ‘apocalipse’ ou sei lá o que vai dominar. Eu rio com essas idéias e rio ainda mais por terem pessoas que acreditam na palavra que homens escreveram. Os homens não sabem nem o que vão comer no dia seguinte; o que os fazem pensar que podem definir o fim do mundo?
É a confusão da mente e tudo que me faz querer reavaliar o mundo da forma que eu quero que ele seja, vou fazer o mundo pensar mais em mim e não vou mais fugir dele porque não sou nenhuma vergonha e, caso o mundo sinta vergonha de mim, ele que fuja. Que fuja de todo o sentimento que tenho a respeito dele e de todas as pessoas que estão ao meu redor; cansei de viver um faz de contas.
A vida está começando, sou a principal personagem.
E pela primeira vez não sinto medo disso!

segunda-feira, janeiro 19

não vou mais ignorar.

Sou uma pessoa que se ilude, que se confunde e que esquece facilmente. Só que eu queria que essas 'qualidades' fizessem mais efeito agora, quando me encontro inteiro e completamente apaixonado por outra pessoa que - pelo que tudo indica - sabe o estado que estou e, indiferentemente disso, não se manifestou (?).
eu não o faria também, eu não me manifestaria.
não mesmo..
mas eu me sinto triste, por saber que tal pessoa pode estar 'escrevendo' nas entrelinhas para outra pessoa a não ser eu; e isso acaba comigo. Sei lá se ele lê esse blog aqui, sei lá se ele sabe que existe; quer dizer, até sabe que existe.
mas acho que não guardou, porque o nome é mais complicado do que a pessoa que escreve. hahahaha.

se bem que o que sinto não é complicado, é normal; o que isso causa é que é o problema.
não quero ser um chato, mas não quero ser um banana e essa não é minha intenção. E nem quero cobrar nada, quero só a atenção e o tempo que preciso pra vê-lo.
não vou me fazer de atriz, já chegou e já passou da hora de eu revelar o que realmente sinto; guardo isso desde a vez que o vi pela primeira vez no show que teve aqui perto de casa no parque central e, desde então que tivemos poucas e longas conversas o que sinto vai crescendo em uma dimensão estrondosa; eu não me meti, nunca falei nada porque ele era comprometido e me meter no meio de relacionamentos é a última coisa que quero fazer, se eles querem terminar que não seja por minha culpa.
E também foi difícil ficar dando conselhos como se eu fosse um 'terceiro amigo' interessado no bem-estar dele. Ele foi um pouco burro, se me permitem a expressão; eu não queria ser o conselheiro, queria ser o ' ele ' que completa os momentos de felicidade.
eu simplesmente já não posso ignorar o fato de gostar tanto dele assim; ou melhor, eu posso; só que só vou ficar assim por mais tempo.

não quero ser o chato, nas últimas vezes quem tem chamado pra conversa tem sido eu e dou o livre arbitrio de falar comigo somente se quiser, porque eu deixo claro que quero.
e quero muito.
[ e é por isso que não o chamo toda vez que entro, embora minha vontade me empurre para isto ] .

o orgulho, é claro, bota conceito na minha cabeça.
e vai continuar botando, até eu me declarar o suficiente pra me ver feliz (y)
ou vê-lo.

quarta-feira, janeiro 14

' ele '

Alguém liga pro que eu penso?
É, certamente existem algumas pessoas que realmente se importam comigo e que sofrem por saber que estou sofrendo, mas a maioria delas me fariam sofrer mais por saberem porque estou sofrendo.
Desisti da idéia maluca do meu último post de tentar fazê-lo gostar de mim e, depois, fingir que nada aconteceu porque sei que não sou capaz de uma proeza dessas; eu nunca faria nada de ruim com essa pessoa.
Pelo contrário, é porque quero o bem dele que me afasto. Sou uma pessoa complicada, com problemas normais de quem passa por essas transformações da vida e não sei se eu seria adequado para ele nesse momento de recaída na minha vida que - inconscientemente - já faz um bom tempo e sei que ainda vai fazer um tempo ainda maior.
Eu sei que ele sabe que é dele que tô falando, mas conversa cá e conversa lá eu decidi que o melhor é eu desistir da própria decisão e deixar o que acontecer, acontecer. Não vou mais correr atrás e sentir o ar de indiferença [ mesmo que não seja propósito da parte dele ] depois de ter lido e comprovado de todos os modos que ele me queria, mesmo instantaneamente, mesmo que naquele momento!
Depois de um estudo mais 'meticuloso' sobre ele, eu vi que ele é uma pessoa de momentos, que age pelo que a ocasião manda e - mesmo que seja mentira - me disseram que as coisas que ele diz são momentâneas, que passam depois que ele diz e que é como um ' como se fosse a primeira vez ', dizendo algo que me faz ter esperanças e agindo no outro dia como se nada tivesse acontecido.
Não o culpo, embora eu ainda ache que eu tenha sido um pouco superestimado; essa foi a primeira pessoa na minha vida que eu tanto quis ver pessoalmente, que tanto quis tocar e conversar; nem que não fosse pra beijar, e sim pra ficar parado igual um tonto olhando pra cara dele esperando pra quem vai ter a iniciativa de ter a primeira conversa, de dar o primeiro oi.
Sabe, ele me passa uma imagem de equilíbrio que eu não tenho, me passa mais experiência apesar da 'pouca' idade - e olha quem fala, nossa idade é praticamente a mesma - mas como muita gente ainda diria por aí, o que eu sinto agora pode ser coisa do momento, de fase porque eu estou crescendo e quero tentar tudo de todos os jeitos.
Não, eu não quero tentar tudo.
E não quero tentar de todos os jeitos.
Essa fase é a fase de quem quer se drogar pra ver se é bom, que quer ficar bêbado pra ver até onde suporta, que quer ir pra cama com todas as pessoas todos os dias pra ver quantas vezes 'consegue fazer direito' até ficar impotente e sumir de casa sem rumo predestinado.
Eu confesso que a última opção é a que mais me atrai e me sinto mais maduro por pensar que eu nunca passei por essas fases, nunca quis ser um 'diagnosticado' que se curou depois de tomar os tapas da vida e ver que é bom viver no pianinho; não, não sou assim!
O que quero é claro, quem eu quero mais ainda: não cito nomes.
Por quê não?
primeiro, porque não sei se é recíproco e por isso não vou ficar atacando tudo pro alto pra gritar o nome dele.
segundo, que tudo o que sinto são coisas minhas que passam na minha cabeça, na minha mente e que lá ficam, me fazendo desligar de todo o mundo exterior só pra ouvir os desabafos de vida ou as novidades mais ridículas que possa ter.
e terceiro, que por mais que eu queira, esqueço de tudo a qualquer momento quando vou fazer qualquer coisa; até louça outro dia eu quebrei quando eu tava lavando, distraído pensando nele.
E até o sono perdi.
E até a concentração do filme.
E a meada do livro.
E esqueci de mandar mensagens que prometi para outras pessoas.
E esqueci das tarefas.
E caiu a nota.
E voltou a nota.
E desapaixonei.
E me apaixonei denovo.
E suportei as crianças do trabalho porque pensava nele.
E ri que nem um bobo aqui em casa e, quando alguém perguntava se eu tava apaixonado, eu mentia.

Ninguém ia me entender, mas sei que ele me entende; mesmo que não queira, ele me entende.
E tem medo de assumir que o que ele sente é o mesmo - ou até mais - do que eu. Não conheço ele o suficiente, mas sei o suficiente de uma pessoa pra saber quando ela tá falando a verdade ou a mentira.
Não tem maquininha que descubra isso, não tem polígrafo; eu sei, simplesmente sei.
sou bom em mentiras e essa é a minha vantagem.
mas não sou bom em mentir pra ele e talvez por isso eu tenha me afastado.

me afastado por não aguentar conviver com a mentira que eu mesmo criei.
que vontade de te dizer isso!

sábado, janeiro 3

ilusões

Não sei se começou com você ou se comigo, mas sei que gosto mais do que posso assumir. Sei que não é possível tão pouco tempo e tanto sentimento, mas sei que sem arriscar nada nunca vou saber se isso vai dar certo.
Sou cheio de criar ilusões para mim mesmo, sabe... Mas eu me sinto meio feliz por saber que ainda sinto vontade de te ter.
E que essa vontade não passou mesmo depois de termos conversado pouquissimas vezes depois da última [falta] de conversa pessoal.
Trombar você é o que quero mais.

E ainda vou trombar, você vai ver.
E vou te balançar do mesmo jeito que você me balançou; áaah, se vou!

sexta-feira, janeiro 2

transições

Apesar de como tudo anda acontecendo aqui em casa, eu me sentindo bem por ter descoberto coisas a respeito de uma pessoa daqui - e o que ela faria por mim em situações 'drásticas'.
Ela não tá sendo das melhores agora, confesso, mas não deixo a negar que ela reagiu melhor do que eu esperava e está tendo atitudes ridículas e desesperadoras como, por exemplo, querer me pagar uma prostituta.
É meio cômico até certo ponto querer me fazer gostar de uma coisa que tantas outras pessoas já gostam - ahahahaha! - mas ao mesmo tempo é triste, porque ela tá com esperanças de reencontrar a pessoa que ela achava que conhecia anos atrás, dias atrás, meses atrás.
a única escolha e opção é esperar pelo dia que vou poder sair, que vou poder entregar minha razão e coração para o que realmente deixa [ ou não deixa ] de importar.
Sinto que gosto um pouco exageradamente de uma certa pessoa que, até então, nunca demonstrou que sentisse o mesmo por mim - talvez até porque eu não tenha me manifestado, eu nem cheguei a querer falar isso para a pessoa por medo.
Mas não por medo de rejeição, é porque eu não posso por enquanto dar a esta pessoa todo o potencial que eu posso dar.
Muita satisfação aqui em casa, muito preconceito e muitas ideias fora do lugar.
Muito medo (meu) de dizer que te amo, até porque sei que não te amo.
só te adoro, idolatro. E isso por enquanto basta, não vou fazer com que um eu te amo vire bom dia porque sei como isso funciona.
E sei que isso cedo ou tarde vai se desencontrar.


e quanto aos enquantos, vou ter que me acostumar com as novas regras do português. Sinto raiva, quando pego gosto pra escrever tudo muda!
maas me sinto feliz porque os portugueses não vão mais poder escrever 'facto', que taaanto me irritava.
mas o fato - sem c - é que a gente vai cagar mais do que eles, depois dê uma olhada nas novas regrinhas.
difíceis de se acostumar.. mas uma boa oportunidade para quem ainda não sabe escrever aprender!

hahahahaha.
fikdik².