quarta-feira, janeiro 14

' ele '

Alguém liga pro que eu penso?
É, certamente existem algumas pessoas que realmente se importam comigo e que sofrem por saber que estou sofrendo, mas a maioria delas me fariam sofrer mais por saberem porque estou sofrendo.
Desisti da idéia maluca do meu último post de tentar fazê-lo gostar de mim e, depois, fingir que nada aconteceu porque sei que não sou capaz de uma proeza dessas; eu nunca faria nada de ruim com essa pessoa.
Pelo contrário, é porque quero o bem dele que me afasto. Sou uma pessoa complicada, com problemas normais de quem passa por essas transformações da vida e não sei se eu seria adequado para ele nesse momento de recaída na minha vida que - inconscientemente - já faz um bom tempo e sei que ainda vai fazer um tempo ainda maior.
Eu sei que ele sabe que é dele que tô falando, mas conversa cá e conversa lá eu decidi que o melhor é eu desistir da própria decisão e deixar o que acontecer, acontecer. Não vou mais correr atrás e sentir o ar de indiferença [ mesmo que não seja propósito da parte dele ] depois de ter lido e comprovado de todos os modos que ele me queria, mesmo instantaneamente, mesmo que naquele momento!
Depois de um estudo mais 'meticuloso' sobre ele, eu vi que ele é uma pessoa de momentos, que age pelo que a ocasião manda e - mesmo que seja mentira - me disseram que as coisas que ele diz são momentâneas, que passam depois que ele diz e que é como um ' como se fosse a primeira vez ', dizendo algo que me faz ter esperanças e agindo no outro dia como se nada tivesse acontecido.
Não o culpo, embora eu ainda ache que eu tenha sido um pouco superestimado; essa foi a primeira pessoa na minha vida que eu tanto quis ver pessoalmente, que tanto quis tocar e conversar; nem que não fosse pra beijar, e sim pra ficar parado igual um tonto olhando pra cara dele esperando pra quem vai ter a iniciativa de ter a primeira conversa, de dar o primeiro oi.
Sabe, ele me passa uma imagem de equilíbrio que eu não tenho, me passa mais experiência apesar da 'pouca' idade - e olha quem fala, nossa idade é praticamente a mesma - mas como muita gente ainda diria por aí, o que eu sinto agora pode ser coisa do momento, de fase porque eu estou crescendo e quero tentar tudo de todos os jeitos.
Não, eu não quero tentar tudo.
E não quero tentar de todos os jeitos.
Essa fase é a fase de quem quer se drogar pra ver se é bom, que quer ficar bêbado pra ver até onde suporta, que quer ir pra cama com todas as pessoas todos os dias pra ver quantas vezes 'consegue fazer direito' até ficar impotente e sumir de casa sem rumo predestinado.
Eu confesso que a última opção é a que mais me atrai e me sinto mais maduro por pensar que eu nunca passei por essas fases, nunca quis ser um 'diagnosticado' que se curou depois de tomar os tapas da vida e ver que é bom viver no pianinho; não, não sou assim!
O que quero é claro, quem eu quero mais ainda: não cito nomes.
Por quê não?
primeiro, porque não sei se é recíproco e por isso não vou ficar atacando tudo pro alto pra gritar o nome dele.
segundo, que tudo o que sinto são coisas minhas que passam na minha cabeça, na minha mente e que lá ficam, me fazendo desligar de todo o mundo exterior só pra ouvir os desabafos de vida ou as novidades mais ridículas que possa ter.
e terceiro, que por mais que eu queira, esqueço de tudo a qualquer momento quando vou fazer qualquer coisa; até louça outro dia eu quebrei quando eu tava lavando, distraído pensando nele.
E até o sono perdi.
E até a concentração do filme.
E a meada do livro.
E esqueci de mandar mensagens que prometi para outras pessoas.
E esqueci das tarefas.
E caiu a nota.
E voltou a nota.
E desapaixonei.
E me apaixonei denovo.
E suportei as crianças do trabalho porque pensava nele.
E ri que nem um bobo aqui em casa e, quando alguém perguntava se eu tava apaixonado, eu mentia.

Ninguém ia me entender, mas sei que ele me entende; mesmo que não queira, ele me entende.
E tem medo de assumir que o que ele sente é o mesmo - ou até mais - do que eu. Não conheço ele o suficiente, mas sei o suficiente de uma pessoa pra saber quando ela tá falando a verdade ou a mentira.
Não tem maquininha que descubra isso, não tem polígrafo; eu sei, simplesmente sei.
sou bom em mentiras e essa é a minha vantagem.
mas não sou bom em mentir pra ele e talvez por isso eu tenha me afastado.

me afastado por não aguentar conviver com a mentira que eu mesmo criei.
que vontade de te dizer isso!

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