quinta-feira, novembro 27

assalto & sem salto

Cheguei a conclusão de que somente a desgraça me faz postar neste blog e, se você [ o leitor oculto ] ainda não percebeu que a maioria dos meus posts eu só falo de coisas ruins que aconteceram em minha vida, tá na hora de me conhecer melhor.
É chato e eu sinto que isso vai acabar se tornando - se já não se tornou - um clichê do meu blog, onde os segredos colocados no nick não se passam de desgraças nem tão ocultas quanto eu quero que sejam.
Fui assaltado, assim como em um dos meus últimos posts relatavam e, para minha infeliz coincidência, eram assaltantes da minha cor já preferida.
Eu não quero pegar preconceito e - se houver algum 'de cor' lendo isso aqui, me perdoe! - mas eu tenho meus motivos e minha classificação de pessoas as quais quero me relacionar e, como um amigo meu me disse por recado no orkut, assim que eu vejo um alto pretinho de pernas magrelas é bom eu já me afastar.
Juro que fiz isso hoje quando vi um homem assim vindo em minha direção; isso me fez atravessar a rua e deixá-lo interessado no meu desinteresse.
Relatando em simples palavras o meu último assalto, eu acho que sou capaz de fazê-lo. Foi na terça-feira, por volta das oito e meia da noite um pouquinho antes do shopping. Eles eram dois e vieram em minha direção, me cercando e me coagindo contra as sombras do bosque que logo se encontrava atrás de mim, impedindo que as pessoas e carros que passavam na avenida me vissem por não haver luz. Não me impressionei tampouco senti medo... Apenas agi com frieza e isso me assustou.
Não mexi um dedo para ajudá-los ou para me ajudar, eu estava pensando no que eles levariam de mim além do meu celular que já estava na mão deles no momento, pois foram tão rápidos que praticamente não os senti revirando meu bolso e levando meu aparelho e meu halls ( pois é, até meu halls verde eles levaram, hahahahaha.)
É triste, sabe... porque o celular que eles levaram eu consigo dinheiro pra comprar outro, mas a confiança que eu tinha nas pessoas e a felicidade que eu tinha em não ter medo delas me inspiravam a ser mais maleável com o pessoal; isso não se compra com dinheiro.
mas tudo bem... uma hora eu supero as minhas perdas não mais materiais.



outra coisa, nada a ver com o assunto.
Trabalho com crianças e cometi a maior gafe. Fui em uma sala para falar com uma aluna e, ao constatar que a sala estava vazia e que eles estavam na educação física, soltei o maior palavrão: "puta merda!"
e ao virar as costas, vejo a voz delicadissima da professora que estava na sala.
Imagina a minha cara?
Acho que vou ficar roxo por três dias e três noites, torcendo cegamente para os três dias não se transformarem em três meses. Ria de mim.
Me assusto.