segunda-feira, junho 15

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Cansei de tentar fazer a diferença, que diferença faz se quem tem que ver fica se escondendo por trás da hipocrisia?
Nenhuma, mas o que eu sei e sinto é verdade: não sou o único que está se remoendo com toda essa passagem inquieta e com certeza não me arrependo de nada, até porque, me arrepender por ter sentido algo que nem eu sabia que sentiria não é algo digno; é fugir de quem você realmente é. Cresci ao ponto de não me esconder por trás de uma máscara que é tão falsa que já não consegue mais mentir as aparências.


Não vou correr atrás, é claro. Vou deixar todo esse sentimento se desgastar até eu mesmo descobrir que deixei de sentir tudo. E não quero que corram atrás também porque se eu for pensar bem, eu que sou eu não movi um músculo pra isso melhorar ou piorar. Fui parasita e não posso exigir nada de ninguém.
Como uma amiga minha disse, as pessoas podem continuar legais como sempre foram, mas as bocas sempre têm dois lados: o lado que seduz e o lado que destrói.
E aparentemente eu aprendi a conhecer esses dois lados e, pra falar a verdade, não gostei de nenhum deles, mesmo sabendo que eu não tenha me apegado o tanto que eu achei que iria me apegar.

Embora estar perdido por causa de alguém inicialmente pareça uma idéia mal-instruída, eu não sinto que eu consiga derramar sequer mais uma lágrima. Eu não consigo acreditar nas idéias das pessoas, não consigo acreditar que fui trouxa. Não consigo acreditar que fui iludido, não consigo acreditar que fui tão tonto ao ponto de querer me entregar como nunca eu quis antes e, por pior e mais real que seja, não sei e não vou saber entender porque diabos quis entregar tanto meu sorriso por alguém que conseguiu destruí-lo com a maior facilidade do mundo.

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