domingo, maio 4

- o tempo da pausa

Juro que não sei há quanto tempo eu não posto aqui - quer dizer, eu até posso saber, mas não me atrevo a dizer - porque eu sei que isso não vai ser devidamente bom. Pode[m] até existir algumas razões por aí que possam me ajudar a justificar a minha falta de cuidado e respeito com o que tem aqui e com as pessoas que vêm aqui, mas não vem quase ninguém e não tem quase nada ( hahaha ) e isso me deixou mais aliviado, obviamente me deixando sem pressão alguma e me dando toda a oportunidade do mundo de parar de vez de frequentar esse blog.
Há uma grande quantidade de fatos que aconteceram que eu devo explicar aqui e não vou conseguir explicar tudo hoje porque senão não vou ter tempo pra fazer outra coisa e - muito embora meu tempo seja ilimitado - prefiro fazer outras coisas do que ficar nervoso aqui contando todas as minhas desgraças.
Vou começar contando de uma coisa que aconteceu há algum tempo atrás com meu primo.

Meu primo sempre teve amigos que o levavam pro caminho errado e ele sempre foi propício a seguir esse caminho. No Skol Beats ( creio eu que no de 2006 ) ele e os bons amigos dele foram pegos lá num arrastão envolvendo roubos de celulares - que na época eram aqueles tijolões, sabe? haha - e, por causa disso, foi preso. Negou até o fim que ele não tinha feito nada e até fez minha tia, minha mãe e a maioria dos familiares acreditarem que ele realmente não tinha feito nada.
Mas como todo mundo sabe ou deve saber, todos que estão na cadeia por algum motivo sempre alegam que são inocentes, não é?
Então, depois de alguns meses preso com seus outros bons amigos, ele foi solto e creio eu que a família dele processou a prefeitura por prenderem ele. É importante ressaltar que ele foi solto porque não tiveram provas concretas de que era ele quem estava junto no assalto. Obviamente que a prefeitura não pagou nada, ainda porque a advogada abafou o caso roubando mais uma grana que minha tia deixou lá .
obs.: não sei onde esse " lá " fica, não venha me perguntar.

[ continuando ]

depois de alguns meses fora da cadeia, ele foi preso denovo - e ele veio novamente dizer que ele não havia feito nada - e, pela segunda vez, todos acreditaram que ele era o santinho que não fazia nada de errado. Dessa vez, ele ficou algumas semanas na cadeia e foi liberado rapidamente.
- digo rapidamente porque a maioria do pessoal não sabe como é o sistema burocrático e como a "democracia" realmente funciona; um dos motivos de dizer isso é porque eu também não sei.
Depois dessas férias curtas na cadeia, ele saiu todo feliz e contente e ficou um ano em liberdade. Pela terceira vez, ele foi envolvido em um assalto a uma lotérica perto da minha casa.
ps.: ele mora em outra cidade, pra quê vir em uma lotérica perto da minha casa? não é de cagar?
haha².
continuando.
Enfim, era ele quem dirigia o carro e seus bons amigos conseguiram roubar da lotérica dez mil reais e algumas telesenas ( pra quê? ir no silvio santos? ) e conseguiram fugir até um certo ponto, onde a viatura da polícia os parou, abordou e levou para a delegacia. Óbvio que foram presos em flagrante.
Aí meu primo, depois de todos os encorajamentos da família confessou - pela primeira vez - que cometeu um crime. *Congratulations*.
Basta afirmar que ele falou a verdade da história, fofocou todo mundo pra polícia e agora seus amigos do caminho do mal o ameaçaram, dizendo que se ele não confessasse que cometeu o crime sozinho eles iriam matá-lo. Eu sabia que não ia acabar tão cedo essa história e ele ainda não morreu, está na cadeia e no exato momento minha mãe foi visitar ele. Acho que ele vai pegar uns dois anos dessa vez e, pelo que tudo indica, ele não escapa ileso dessa.
O máximo que eu posso desejar é boa sorte, embora eu não vá mexer um dedo - nem sequer escrever uma carta, embora ele viva me pedindo - para ajudá-lo, porque ele entrou nessa vida porque quis e eu não quero me meter nesses assuntos [in]acabados.
Eis que um belo dia conseguiram passar um celular para ele na cadeia, agora ele vive ligando aqui em casa a cobrar e minha mãe e meu pai começaram a ficar putos com isso. No comecinho, tudo bem... Ele era a pessoa " ausente " na família e ele podia afogar as mágoas através do telefone, nada de mais. Agora ele achou que isso aqui é bordel e liga duas, três, quatro horas da manhã esperando que atendamos o telefone com cara de quem tá morrendo de saudade.
Quando vejo o número na bina, já tiro do gancho e coloco denovo e ele saca que a gente não quer receber a ligação dele. Até conversamos com ele outro dia pedindo pra ele não ficar ligando pra gente porque isso enche o saco e ele falou que ia parar, mas você jura né? É a mesma coisa que pedir pra Amy parar de se drogar.
Impossível.

Sei que de lá ele não consegue ler o que eu tenho escrevido aqui, mas eu não faço a mínima questão de que ele veja isso. Boa sorte se ver, a única coisa que ele vai conseguir fazer é descobrir os segredos da minha vida que nem eu sei que tenho.
Descobrir que meus pecados são mais ardidos do que parece e que não sou tão certinho como pensam.

- no começo, nas primeiras vezes que ele foi preso, até confesso que me deixei acreditar que ele realmente era inocente - c'mon, eu tinha uns treze anos e acreditava no que me diziam - e cheguei a chorar um pouco por ele, mas quando ele saiu e eu notei a indiferença que ele me tratava, agora o máximo que vou fazer por [ e com ] ele é um " oi, tudo bem? tchau".
Acho que vou acabar passando de cabeça erguida e fingir que não existe. Confesso que sou bom nisso.
Minha educação não é de arrasar?

- x.o.x.o.
ps.: no ps. =P.

2 comentários:

About. disse...

HAHAHAHA.

NEM A AMY WINEMOUUUSE BE
ta boua!
ahuahaha

abalo na educação. educação da Mom marcando presença sempre ;d

ahuaha q fina. se joga na duffy.

coitada da prima.

About. disse...

ai be. quanto horror nessa vida amargurada toda cagada.

da um Up to .
hauahuaasanguedecristohavepower! ;D
ahuiahuiauiahuiahuiahau