terça-feira, janeiro 8

- ano novo, vida velha.

os dias que já passam sem a minha autenticação são dias que viraram partes usadas e velhas do meu cotidiano que depois de tanto tempo, percebi que não muda.
dez minutos atrás eu olhei para o relógio e era um dia, agora olhei e já mudou; é outro: - não é força de expressão, é a verdade mesmo.
e olha só como a coisa é estranha... semana passada foi gramaticalmente, verbalmente e literalmente o ano passado. Passaram-se já oito - oopz, nove - dias desde que o ano velho se foi, e sabe o que é..?

Nada.
As promessas das pessoas que conjuram que terão vidas novas, porque vão parar de fumar ou maneirar no refrigerante são sempre falsas. Não tem como dizer que você mesmo já fez as promessas de um ano novo que, por ser novo, vai te proporcionar vida própria.
Embora devesse ser, não é vergonha nenhuma dizer que você já prometeu coisas que você não cumpriu. Eu mesmo, na passagem de 2006 para 2007 prometi que eu ia parar de mexer tanto no computador porque isso estava "acabando" com minha vida. nesse mesmo ano, prometi que iria estudar mais e me esforçar mais na escola porque eu estava mudando de escola e eu tinha medo de não me adaptar a um outro método de ensino, mais avançado, mais perigoso.
A diferença entre os ângulos talvez a matemática possa explicar, mas a semelhança é tão distinta que é melhor deixar essa continha presa na nossa própria cabeça, para o nosso próprio bem e para o próprio bem da matemática. Eu não consigo acreditar que um ano se passou desde a minha mudança de ensino, quando eu ainda percebo que eu não consegui me adaptar, porque vira e mexe falo com uma ou outra pessoa que estudava comigo na outra escola e o coração bate forte de saudades, de vontade de jogar tudo pro alto e voltar.
até 2006, admito que eu não ligava muito para a escola - o que não me impedia de estudar, porque eu me esforçava e, mesmo não conseguindo, tentava ser um dos melhores, até quando meu pai pegava o meu boletim e gritava comigo porque aquela não era a nota que ele queria.
E eu não ligava, porque eu na verdade sei o que é a escola e pra quê ela serve, sei que se a gente não tiver educação a gente não tem futuro nenhum e blábláblá, mas eu ligava pouco pra isso, pois o único esforço que eu fazia era para não repetir de ano e, modestamente, confesso que eu conseguia me esforçar muito bem.
não sei se eu estou sendo compreendido, mas a minha intenção nesse post não é fazer ninguém entender nada e muito menos fazer um desabafo. o que eu escrevi e continuo escrevendo é uma explicação para atos que eu tive em situações passadas e que não foram abertos para ninguém, talvez por medo - porque os meus sentimentos de agora já são diferentes dos que eu sentia dois ou três anos atrás e acho que talvez por isso eu não saiba dizer o que eu realmente pensei.

continuando, em 2006, na escola que eu estudava, eu me achava normal, eu não me achava ninguém importante não porque eu não queria e sim porque eu não podia. Quer dizer, eu podia, mas logo vinha alguma pessoa que me arranhava no pescoço e tirava esse poder apenas com um pouco de veneno. E isso me fazia sentir inferior. Inferior ao ponto de me achar uma pessoa chata, que quer acabar com a nota de outras pessoas - é, eu fiz isso. prejudiquei a nota de um "colega" porque eu dedurei umas coisas dele para a professora e, com a justificativa de que ela era minha amiga, carreguei esse fardo até o dia em que eu me conformei que estava errado.

mas até aí, eu nunca liguei porque essa pessoa não é uma alguém importante pra mim e na época, também não foi. Mas às vezes, eu penso na besteira que eu fiz e como as coisas poderiam ter sido diferentes se eu não tivesse feito o que fiz, no entanto cheguei a conclusão de que provavelmente alguma outra coisa iria proceder se aquela decisão não tivesse sido executada.
Demorei um pouquinho, mas eu consegui superar o que eu fiz - mas não consegui esquecer. E quando falo com um amigo ou outro que estudava comigo naquela época, quando recordamos o passado e lembramos o que é isso e o que é aquilo, este me diz que essa pessoa é um tanto quanto "falsa" comigo, pois sempre em que o meu nome é tocado, eles devem abrir o guarda-chuva e esperar a chuva de facas passar. [ risos ] Mas eu não ligo p. isso, essa falsidade não existe porque não existe amizade também.
Falsidade apenas existe no momento em que um sentimento bom aparece também, porque não tem como eu ser falso com uma pessoa se eu não sou nada dela.

Até porque, o nome mesmo diz: Falsidade. Sou uma coisa com ela, por traz sou outra.
No caso, não é falsidade, porque ele não é nada comigo. O que dizem ser falsidade é apenas uma opinião livre (...)
Enfim, eu não tive motivos para citar esse acontecimento, achei apenas que eu precisava falar porque eu não sou perfeito e estou longe de ser. Mas houve coisas ruins, coisas boas e coisas melhores ainda.
a coisa boa: - conheci pessoas que levarei - com certeza - para o caixão.
a coixa ruim: - conheci pessoas que com certeza, se pudessem, me levariam para o caixão.
a coisa melhor ainda: - uma das pessoas boas que conheci, briguei e fiquei anos sem nos comunicar, mas hoje somos melhores amigos e vira e mexe, dá saudade de voltar no tempo p. fazer as coisas de um modo diferente.

É, esse foi o meu ano de 2006 dentro da minha escola.
2007 foi outra coisa, foi diferente e foi gostoso e ao mesmo tempo doloroso.
Cheguei na nova escola como que de intruso, colocando os pés nos primeiros meses tremendo com medo de fazer algo de errado porque aquele era um ambiente que eu não sabia me comunicar.
é, foi diferente e foi doloroso. Mas com o passar do tempo - porque afinal é o tempo que muda e cura tudo - eu consegui encontrar o meu caminho e criei o meu próprio estilo, onde vieram até mim as pessoas que eu quero e tem o mesmo estilo que o meu.
Nos relacionamos e viramos amigos.
[ no entanto, nenhum destes amigos que criei em 2007 será um amigo que quero levar para o resto da vida. ]
Talvez, dentro de algum tempinho, eles possam virar um amigo assim, mas eu não tive vontade de ver nenhum nas férias e também senti que isto era recíproco.
Acontece de chegar no MSN e eles disserem " Tô morrendo de saudades de você..."; eu sei que aquilo pode ser um pouco de verdade, mas sei que eles fazem isso porque estamos acostumados a nos ver todos os dias e como a rotina mudou no período de férias, eles acham que sentem saudade por isso.
Já outros amigos que eu tenho, sei que posso confiar sempre e sei que sempre que eles dizem que estão morrendo de saudades, é porque realmente estão morrendo de saudades.
Quando eles não dizem que estão morrendo de saudades é verdade também. ahahahaha.
mas isso faz parte da amizade, amizade é apenas um ciclo de confiança onde não pode haver mentiras. E é por esses amigos que eu ainda escrevo estes textos enormes, porque foram estes amigos que causaram o bom e péssimo ano que eu tive no meu passado.
...porque mesmo que não pareça, sei que o que eu realmente penso ninguém pode pensar igual.
[ e a importância que vocês fazem na minha vida, meus amigos, matemática não consegue criar estatíticas e cérebro humano sequer consegue chegar perto da verdade ! ]
Não acho que seja o ano que vai mudar as pessoas, acho que elas mudam sozinhas, o ano é apenas algo que as forçam temporariamente a mudar. Até porque, o ano novo é apenas mais 365 dias, e o dia 1 de janeiro é apenas mais um dia que podemos acrescentar desde o início da humanidade.
O que eu apenas dou risada é que tem uns ou outros religiosos que dizem que o ano 2000 é o ano em que tudo termina, mas eu descobri que não termina porque são apenas dias atrás de outros. E descobri porque também, afinal, estamos em 2008. ( Gargalhadas forçadas )

Mas vamos lá... quero ver qual vai ser o meu limite e, melhor ainda, se eu posso aguentar até lá.
[ feliz dias novos ]


Nenhum comentário: