segunda-feira, julho 20

foram duas coisas (1)

Duas coisas que suponho que não soube lidar direito. Aliás, eu não suponho nada porque eu não soube dar direito mesmo e assumo o crime (?).
Mais uma noite que vou dormir mais tarde do que minha cara aguenta e, como recompensa do outro dia, acordei em sustos, espasmos ou seja lá como quiser que seja, sem entender porque no meu sonho minha prima tinha morrido atropelada. Isso chega a ser dramático, mas nem ligo; drama é o que não me falta, sei fazer um bom draminha e fazer um telespectador desligado assistir a toda a minha novelinha de quinta categoria - que talvez se encaixe a Cristal, Esmeralda ou até mesmo Floribella! - e prestar atenção.
É incrível como a mente humana funciona, é incrível o que ela me faz pensar. É estranho que um sonho que é realmente e inteiramente desligado da consciência faz a gente viver e virar algo que não somos, algo que na "vida real" não aceitaríamos e, em último caso, se fôssemos aceitar, no mínimo lutaríamos pra fazer do jeito que supostamente nos seria certo. Só que nesse sonho, só assisti o que acontecia. Eu não entendia nada, eu não queria impedir. Eu simplesmente estava assistindo ela se desligar de tudo aquilo que a tornava presente pra mim e eu nem ao menos um sorriso quis dar. Nem forcei dar. Acho mais prático até dizer que eu queria que o que aconteceu acontecesse.
E ela morreu, ali, aos meus pés. E eu não fiz nada, só me faltou chutar o corpo frágil dela. Vai entender...

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