quinta-feira, julho 16

então eu penso

Ontem parei pra pensar que eu queria um sinal do tipo: "continuo ou desisto?" e ao mesmo tempo que eu me perguntei, senti palpitando dentro de mim mesmo uma calma estranha. Ela me dizia que eu já sabia da resposta, dizia que ela me foi dita pela própria boca de quem deveria dizer. E involuntariamente, soltei um sorriso desconsertado; soltei um sorriso triste que se tornou algo quente dentro de mim, algo que de início eu não havia percebido.
Senti e percebi que o problema não era eu, que eu não tinha nada a ver com nada o que andava acontecendo. O problema era com quem tinha medo de assumir o que sentia. Esse medo nunca passou por mim, nunca coloquei o status por cima do que eu deveria sentir - ao contrário do que me fizeram antes.
Eu fui difamado - utilizando a melhor das expressões - por alguém que deu mais importância pra imagem que iria passar do que pra imagem que iria sentir. E se alguém ler isso, para pra refletir e vê qual das situções é melhor: passar uma imagem sem sentimento nenhum ou receber uma coisa com toda a intensidade, com todo o sentimento?
Agora mesmo que não seja tarde, seria tarde. Seria tarde pra explicar o arrependimento pro meio mundo que ouviu a história toda; é tarde pra explicar que todos os fragmentos dessa história tem dois lados - os quais não nomeio culpado ou inocentes, simplesmente falo que são as histórias que juntas causariam uma falsa harmonia por haverem disturbios de diferenças entre elas.
E eu percebi - e me vi perdido e sem esperanças, pela primeira vez - que somos diferentes.
Que é a mesma coisa que colocar água com óleo, que é o mesmo que pôr gelo no fogo. Não dura, não mistura.
Não bate nem combate.
Mas... Isso basta?


...

Nenhum comentário: