terça-feira, julho 7

exposição não.

Outro dia aconteceu um fato meio "reflexivo", mas que não posso deixar de comentar. Uma amiga minha disse que não teria coragem de fazer o que eu faço, de criar um blog e sair contando nele tudo e todos os fatos de sua vida. Disse que isso era muito exposto, que era perigoso e que ela não teria coragem de expor seus problemas - ou conquistas - para pessoas que ela não conhecia.

Eu pensei a respeito disso, como eu já havia pensado antes quando outras pessoas me disseram isto. Acho que a conclusão foi a mesma e por isso a exporei aqui, visto mais uma vez que ela é interessante.

É muito bom você arranjar um jeito de expressar seus problemas, é ótimo quando seus problemas saem da sua mente de uma forma que você já se acostumou. É muito bom quando você sabe que pode registrá-los e olhar daqui anos o quanto você se superou! É ótimo você olhar para o passado e ver que aquilo que você escrevia antes não te aflige mais. Tudo bem, tudo bem.
Escrevi tudo isso pra quê? Pra deixar claro que tudo o que faço aqui é única e exclusiva vontade minha, que ninguém no mundo me obrigou a fazer isso ou deu idéias loucas a respeito do que eu deveria escrever. O que acontece aqui - e muitas vezes! - é eu acabar me expressando por fatos que ACONTECERAM ou que eu QUERO que aconteçam.
Quanto à parte de todos lerem, eu me tranquilizo. Seria um problema se eu divulgasse porque aí sim todos saberiam o que acontece comigo.
Escrevi tudo isso, mas a resposta podia sair da ponta da minha língua junto com todo esse meu discurso político.
A verdade é simples, é muito mais simples do que tudo isso.
Garanto que se eu fosse um telespectador, o meu "eu" não me deixaria ver a vida; o real é que somente as pessoas que eu confio minha HISTÓRIA podem ter acesso a ela.
E se tiver alguém que lê esse blog - ou alguém que ainda se lembra de que "cravelha" é a chave do segredo - é bom ficar feliz, porque nesse alguém eu confiei algo que eu não confiaria nem em mim mesmo.

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