terça-feira, fevereiro 24

amor dela.

O tempo passa como uma brisa na praia, o esquecimento é impensável eu simplesmente não consigo acreditar que hoje faz um ano que ela se foi. E ela continua aqui comigo, tão perto que praticamente consigo tocá-la.
Eu consigo ver a vaga luz de tristeza de seus olhos em meu pensamento e o sorrisinho torto entre todos os problemas da vida. E podem fazer um, dois, dez ou vinte anos: vai ser sempre a mesma coisa, sempre a mesma surpresa do tempo imperdoável e sempre vou querer não querer acreditar que ela não está mais comigo; conosco.
É tarde demais pra dizer que a amo, mas pelo menos dessa carcaça ela já se libertou; e não foi só ela quem se libertou, sua passagem por aqui fez pelo menos mais uma meia dúzia de pessoas darem valor à vida que tem. Foi preciso e ainda é preciso uma dose impenetrável de inteligência pra lidar com a falta e a coragem de viver com tal arranque.
Foram doze anos, "doze incontáveis anos e doze incontáveis" aprendizados.
A dor é insuperável e insuportável, mas o desabafo inevitável. E por mais duro e clichê que possa parecer, praticamente tudo o que faço ou farei nessa vida é e será por ela. Quero que ela me veja - seja lá de onde estiver! - e tenha orgulho de mim.
Eu amo e sinto falta dela e por mais que eu já esteja parecendo estar cansado de falar, isso vai sempre continuar sendo imutável e inflexível.
E nunca mais haverá uma véspera feliz do meu aniversário.

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