sexta-feira, dezembro 14

do potinho.

nada melhor do que contar as histórias que relembram a sua infancia e, ver que a infância ainda se faz presente. melhor saber que não só a infância, mas também, as pessoas que fizeram cada novo ano ser mais especial.

onde cada coisa passa despercebida e, anos depois, você percebe que aquele "objeto" antigo faz uma parte essencial dentro de você até que tudo fica claro e identifica-se que o objeto deixou de ser apenas um objeto, por criar vida própria.

e com o passar do tempo, percebe-se que esse tal objeto de que se fala só é denominado assim pelas funções que desempenha.: nos segura como se fosse vigas de concreto, nos conforta como se fossem ursos de pelúcia e nos animam como se fossem desenhos infantis porque na verdade, não passam de simples pessoas que sabem como confortar, manter protegido e fazer feliz.

nessas e outras que o objeto muda de nome, tão devagar que a gente não consegue encontrar comparações plausíveis que possam acompanhar aquilo que a gente não conseguiu acompanhar esse tempo todo. Tudo se resume em uma palavra, palavra esta que raramente pode ser encontrada e que, depois de tudo que a gente aprende a passar juntos, raramente será largada. A palavra torna-se em certos momentos ameaçadora, mas em outros, ela é a única que consegue arrancar a ameaça.

e mesmo que a palavra seja capaz de resumir tudo, é em vão a busca pelo seu significado e pela sua importância. ninguém sabe o que é ser amigo se não for e não tiver um e tampouco a grandeza dessa palavra que não chegam nem perto da importância. ter um amigo é essencial, porém ser um amigo é fator ainda mais preponderante pois é impossível ter algum amigo sem antes ser um.
e agora, eu posso dizer que tenho um amigo de verdade. sabe aquela pessoa que aparece nas fotos do maternal.? e que até hoje, quando você olha p. lado você enxerga.? então...

por mais que apareça este ou aquele probleminha, lembrar do maternal nos faz imaginar o quão importante fomos [ somos e ainda seremos ] um para o outro, porque a amizade nunca se baseou apenas naqueles momentos felizes e sem dificuldades. Amigo que apenas encontra o outro quando quer sair por aí e divertir-se e depois largá-lo não deve ser chamado de amigo. Encontrei a minha amizade assim, esperando por nada e apenas jogando a culpa ao acaso por ter conhecido uma pessoa que acho mais especial do que eu mesmo.

tempos depois ainda estamos aqui, cansados de buscar alguma explicação p. nossa amizade, pq por acaso quem escolhe o acaso somos nós mesmos. a gente só não assume isso desde o início pq se der errado, ainda temos a oportunidade de colocar a culpa em alguém.
hoje entendemos que, independente desse tempo que já se passou ou do que venha a passar, foi essencial passar pelo que passamos e que a amizade foi construída dia-a-dia e que, se estamos e somos assim hoje, devemos isso à nosso passado.
áaah...! o nosso passado.
aquele que nos ensinou a ser quem somos e que nos fez assim, nos deu a oportunidade de nos unir por momentos felizes e de nos mostrarmos ainda mais fortes nos momentos difíceis.
o passado que embora não seja mais vivido, ainda é recordado e convenhamos que, hora ou outra, dá aquela saudade das tardes no parquinho e das brigas p. ver quem ia ficar com o potinho de areia. haha.

Potinho este que foi abandonado assim que o primário se foi. Potinho que foi substituído por novas idéias, novos pensamentos e novas formas de viver, que agora armazena sentimentos que apenas crescem e não tendem mais a voltar a época de disputas por coisas fúteis, apenas aquele que amadureceu e que descobriu que o que era bom se tornou ainda melhor.

e por fim, por mais clichê que se pareça e por mais que mário quintana já tenha pensado nisso antes, a amizade é o amor que nunca morre.!

*do amigo e, da amiga.

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