sexta-feira, setembro 7

talvez eu nunca volte..


Minhas palavras sem sentido
Já não surtem mais efeito
...não saem mais dos meus ouvidos
só me deixam mais suspeito.

Um suspeito tão concreto
De coisas tão imprecisas
Olho para os pescoços eretos
E cabeças tão erguidas

Elas dizem tudo assim
De uma forma assustadora
Dizendo “tudo tem um fim”
Em uma vida matadora.

Ok! Matar não é o certo
Mas um verbo não importa
Se as idéias estão tão perto
De abrirem sua porta.

Tudo aqui em dimensões
Lágrimas, choros e tristezas
Vejo um mundo em arranhões
E pessoas com tanta frieza.

Eu chego mesmo a sofrer
Ao saber o nosso fim
E me questiono, a saber
Se é isso que quero pra mim

Burrice dizer que é isso
O que esperas do seu fim
Viveu sua vida com tanto submisso
e não me espere te ver, partir assim.

Eu sempre quis escrever
Um livro para contar o que eu sei
Mas eu sei que vou ter que me ater
Porque quando começar, é só o que quererei.

Sempre me recusei
A viver falando disso
Mas a morte é meu “sensei”
E eu não teimo mais com isso.

Então só vou me despedir
E gritar para todos os mares
...estou indo me iludir
para minha vida, para meus lares.

Um comentário:

Eduarda Petry disse...

Um bom poema...É seu, maninho?
Só te recomendaria uma coisa: nos próximos poemas, se preocupe com a estrutura das rimas de uma forma diferente...Não use os 4 versos de uma estrofe com uma única rima, as vezes fica repetitivo...

Adorei o conteúdo, trata bem de você...
Última estrofe perfeita!

Saudades...

Amo-te!

Eduarda Petry