sábado, agosto 4

Dúvidas [ou certezas?]

23:55

Sábado.
Rotina:
Acordar tarde, escovar os dentes, vir para o computador.

Coisas fora da rotina:
Descobertas, certezas e fortalecimento de amizade[s].

Sabe aquele velho problema da sociedade, em que a gente não se encaixa em nenhum estado social, em nenhum momento físico que queremos e, principalmente, temos de nos submeter nas certezas psicológicas que a sociedade em si impõe?
É. é isso mesmo. Há tempos eu descobri o que eu não quero aceitar. Minha curiosidade não conseguiu me consumir, porque a minha vontade foi mais fraca do que o meu medo.
O meu medo não é aquele medo normal que todas as pessoas têm de perder o "bv", e sim aquele medo mais profundo, de perder essa coisa aí de uma forma vista completamente errada do jeito que vivemos.

Então, vamos começar do começo - porque não há parte melhor pra começar.
Naturalmente, minha amiga havia me chamado para que eu pudese conhecer sua namorada, que eu já estava muito ansioso em conhecer, e que - muito "esperadamente" - eu gostei dela. É uma menina meiga, engraçada, gentil e carinhosa. Quando eu vi o amor que uma tem pela outra, eu senti inveja. Sim, inveja.
Não contei pra nenhuma das duas que senti isto porque eu não precisava. Mas elas vão saber depois de ler isso aqui, e principalmente, por eu confiar coisas nelas que eu não confiei a quase nenhuma outras pessoas.
Sim, elas vão ler.
E provavelmente, serão uma das primeiras e uma das últimas a lerem.
Meu blog é secreto, ninguém precisa saber quem eu sou. Ou melhor, tem quem precise. Essa minha amiga é uma delas.
Uma pessoa que eu confiaria minha vida [e meu mundinho medíocre], porque sei que ela cuidaria talvez até melhor do que eu cuido.
O amor dessas duas é algo colossal, inexplicável e inexistente. Elas se conhecem há pouquissimo tempo e, nesse pouquissimo tempo, aconteceu um grandíssimo amor. É engraçado como as pessoas mudam dessa forma, né? Eu achei super interessante isto, porque raras foram as vezes que vi duas pessoas apaixonadas deste jeito [fora o casalsinho que tava quase transando no meio do parque.]
Mas isso não é importante, porque na intensidade que eu vi nelas, muito bom seria se elas lembrassem que havia alguém de olho. Amor impossível e imponente. Perfeito caso!

Aí, é claro, eu tenho as minhas fraquezas, como qualquer outra pessoa, e eu nunca beijei uma pessoa antes. As meninas me apresentaram uma outra pessoa também que eu gostei bastante e em certos momentos eu diria que até me envolvi. Mas, como eu mesmo conseguia prever, nada aconteceu.
Porque o que iria acontecer ali é a coisa que eu tenho muito medo, mas um medo que, se eu falar aqui, é muido mais fraco do que a vontade.
Porque falar é fácil... [comentei isso no último post.]

E agora eu mesmo provo do meu veneno! Um veneno que não deveria existir, porque tudo deveria ser normal do jeito que sempre teve de ser. Padronizado e bem perfeitinho.
"Você com ela, ela com você."
É assim que tem que ser. Mas por quê tem que ser assim? Por que não podemos nos afastar do padrão para sermos felizes ou termos uma felicidade instantânea, que você vai levar - ou não - pro resto de sua vida? Por quê temos de viver o que a vida nos impõe, ou que é automaticamente imposto a partir do momento que a gente nasce?
Porque, obviamente, a gente já nasce com muitos planos [de outras pessoas.]

E estes planos, por serem planos que não são meus, é o que vai pegar. Porque enquanto eles não me verem sendo quem eles querem que eu seja, eu não vou conseguir ser feliz do jeito que eu quero ser.
Tudo eu vou colocar na lata, como diria o ditado.
Sinceramente, eu ainda não declarei que eu não sou nada porque eu tenho o medo dos resultados de meus atos, porque os resultados de meus atos, são o que pode acabar com a vida que eu estou ainda descobrindo que tenho.
Não sou mais idiota, a vida que eu ainda vivo não é a vida que eu tenho e que quero viver. Essa vida é a vida que querem que eu viva, e isso nunca vai me deixar feliz, porque a minha felicidade é a infelicidade deles.
Quero aprender a fazer atos e coisas diferentes e que eu nunca fiz antes, mas estes atos vão me fazer lutar contra meio mundo (ou um mundo inteiro?) e essa luta nunca vai acabar, e é por isso eu tenho que criar coragem para assumir pra mim mesmo aquela coisa que eu sou.

Eu tive uma sensação tão boa... Senti algo que eu nunca senti antes, senti que eu era alguém e que eu sabia - pela primeira vez! - quem eu era. Eu senti que eu ainda tenho que descobrir muita coisa de mim, e senti, ainda por cima, que eu estou no caminho certo pra meu próprio conhecimento.
Foda-se o que vão dizer, por enquanto eu estou me analizando. Depois, eu digo o que eles pensam.
E aí sim, quando eles disserem o que pensam, aparecerá o meu medo de verdade. Problemas ainda não aconteceram, mas estou abrindo a caixinha de Pandora.
E junto com as certezas e esclarecimentos, virão os problemas infalíveis.

Será perigoso, mas estou disposto a arriscar.
Por mim e pela minha felicidade.

00:39

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